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Educação

Jovens mostram que desenvolver game 'é coisa de menina'

Change The Game  é um desafio virtual para alunas do ensino fundamental ao médio e está com as inscrições abertas até agosto

Educação|Alex Gonçalves, do R7*

Erika Vieira de Souza, 15 anos
Erika Vieira de Souza, 15 anos

As estudantes de escola pública Erika Vieira de Souza, 15 anos, de João Pessoa (PB) e Samara Ester, 19 anos, de Contagem (MG) mostram que tecnologia também é assunto de garotas. As jovens se destacaram na 2ª edição do desafio Change The Game,  que está com as inscrições abertas até o dia 31 de agosto para a nova temporada.

O Change The Game é uma maratona online só para meninas. Elas têm o desafio de desenvolver um jogo. No Brasil, mais de 50% dos consumidores de games são mulheres, mas, na hora de criar esses jogos, apenas 20% dos cargos de desenvolvedores são ocupados por elas. O desafio procura mudar essa realidade.

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Erika cursa o 9º ano e venceu o campeonato na categoria do ensino fundamental já desenvolveu seu próprio game, o Dorothy’s Heroes. Ela conta que teve o primeiro contato com a tecnologia aos 11 anos de idade. “Na época, eu entrei para uma equipe de robótica e conquistei uma bolsa de estudos para aprender sobre programação, robótica e desenvolvimento de jogos”, conta. “Depois dessa imersão que eu decidi seguir carreira na área de tecnologia”, explica a menina.


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Ela conta que o desenvolvimento do jogo durante a pandemia de covid-19 foi um grande desafio. “Eu não tinha nem ao menos um notebook e consegui um emprestado com a equipe de robótica antiga para que eu pudesse desenvolver o meu projeto”.


O jogo desenvolvido por Erika se desenrola em um cenário virtual com uma história lúdica como pano de fundo. O objetivo é falar sobre educação sexual a partir das problemáticas apresentadas pelos personagens do jogo. “Os jogadores precisam resolver situações como violência doméstica ou abuso sexual, usando superpoderes representados pelas ações: dizer não, pedir ajuda ou solicitar apoio para uma conversa”.

Samara Ester, 19 anos
Samara Ester, 19 anos

Para Samara Ester, vencedora na categoria ensino médio, a abrangência do campeonato para o público feminino é inspiradora. “São ações como esta que te puxam, te encorajam e colocam para frente para que se possa desenvolver suas ideias e tirá-las do papel”, comenta.


“Temos muitas mulheres como referência na tecnologia, são elas que nos inspiram e nos motivam”, destaca. “O publico final não é apenas masculino, as mulheres também consomem muitos jogos também.”

A inspiração para desenvolver Meu Jardim de Emoções veio com a convivência com o seu irmão mais novo, de 15 anos. “Ele é autista e percebi que não existia entretenimento direcionado a ele”, explica. 

A patir dessa constatação, ela desenvolveu um jogo para crianças autistas com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de suas habilidades emocionais. “Pesquisei muito sobre o assunto e o resultado foi muito satisfatório: meu irmão adorou o jogo.”

Também foram premiadas na maratona as estudantes: a mineira Heloisa Knust com o jogo Ely e o Programa Verso na categoria ensino fundamental, Na categoria ensino médio se destacaram a pernambucana Amanda Caroline com Reset e Alice Alves Primo, de Guarulhos, com o jogo Depéon.

3ª Edição Change The Game

O Instituto Ideias de Futuro em parceria com a Google Play promovem o campeonato virtual para meninas do 8º ano do ensino fundamental ao médio, inscrições vão até 31 de agosto. Para participar é necessario montar grupos com no minimo 3 e no máximo 5 componentes. As alunas podem se inscrever através do formulario online no site do instituto.

Premiação

1º lugar de cada categoria – Um notebook para cada integrante do grupo.

2º lugar de cada categoria – Um celular android para cada integrante do grupo.

Vale presente para 10 professores (as) orientadores com mais grupos concluintes.

Troféu para 5 escolas que mais incentivarem os grupos de alunas.

Caso não tenha grupo a estudante poderá acessar o canal do Telegram para conhecer outras garotas que poderão se juntar nesta jornada.

*Estagiário sob supervisão de Karla Dunder

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