Mão na massa: alunos criam soluções para problemas do cotidiano
Crianças e adolescentes aprendem na prática a pesquisar e os resultados fazem a diferença na sociedade
Educação|Karla Dunder, do R7
Um aplicativo que ensina Libras (Língua Brasileira de Sinais) para estudantes ouvintes criado pelas estudantes Eduarda Lopes Kurzawa e Giovana Pereira de Assis, distribuição de bandanas para pessoas com câncer e doação de livros para crianças africanas são algumas ações elaboradoras por estudantes.
Eduarda e Giovana passaram a desenvolver o aplicativo no início de 2020, num primeiro momento, como conta a professora e orientadora do projeto, Flávia Ferreira, “as meninas apresentaram o projeto teórico em feiras e foram estimuladas a colocar a ideia na prática."
Juntas, elas desenvolveram um jogo que ensina a linguagem de libras para quem quiser aprender, uma forma prática de incluir a todos. O jogo foi premiado em duas categorias na FIciencias 2020 e também no Desafio Criativos na escola.
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As estudantes do Colégio Sesi Internacional de Curitiba, elas desenvolveram o projeto em um curso oferecido pela escola no contraturno escolar chamado The Scientist, que tem como objetivo estimular a prática da pesquisa entre os alunos. “Nosso objetivo é incentivar que os alunos tragam assuntos relevantes e desenvolvam as suas ideias, uma ação que envolve toda a escola.”
Além do aplicativo, os estudantes participam da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia) com lançamentos de foguetes, além de criações como um carrinho que funciona com energia solar, sem pilhas.
As iniciativas dos estudantes também ganham destaque no colégio Albert Sabin, em São Paulo. Alunos são estimulados a trazer soluções para melhorar o entorno de onde vivem. “As propostas estão de acordo com a realidade e, principalmente, com a idade de cada um, como um grupo que se incomodava com o cocô de cachorro na calçada até uma aluna com leucemia que decidiu doar lenços e bandanas para pessoas em tratamento de câncer”, explica Dionéia Menin, coordenadora da Educação Infantil e Ensino Fundamental I da escola.
Divididos em grupos, as crianças tinham de planejar e organizar todas as ações. Geladeiras velhas viraram bibliotecas e as crianças tiveram de arrecadar livros e enviar até uma instituição africana.
“Alguns projetos tiveram um impacto mais abrangente fora dos muros da escola e outros impactaram a comunidade escolar, mas o mais importante é que os estudantes perceberam que uma atitude pode mudar a realidade.”