Oito em cada 10 professores querem continuar dando aulas, apesar da pandemia
Para 97% dos educadores, porém, a escola pode melhorar segundo pesquisas do Núcleo de Novas Arquiteturas Pedagógicas da USP com o Instituto iungo
Educação|Do R7
Uma pesquisa organizada pelo NAP-USP (Núcleo de Novas Arquiteturas Pedagógicas da Universidade de São Paulo) em parceria com o instituto iungo mostra que oito em cada 10 professores querem continuar dando aulas na rede pública de ensino, apesar dos desafios gerados pela pandemia. O estudo também mostra que 97% dos docentes acredita que a escola pode melhorar.
O programa de pesquisas O professor da escola pública brasileira: seus sonhos, desejos e projetos de vida traz uma análise baseada em dois estudos: Desejos e Projetos de vida docentes e A escola pública dos sonhos para os educadores brasileiros.
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No primeiro estudo, realizado com 2 mil docentes, 83% indicaram que a Educação ocupa papel central em seus projetos de vida e pretendem seguir atuando na educação pública. A pesquisa foi realizada em 2021, no cenário da pandemia de Covid-19, o que mostra que apesar das dificuldades do ensino remoto, eles pretendem seguir na profissão.
Já no segundo estudo, que ouviu 1500 educadores, mostra, também, que para 97% dos professores a escola ideal seria diferente da atual e mais inovadora: com metodologias ativas (que focam no protagonismo dos estudantes em seu processo de aprendizagem), melhor infraestrutura, relações mais democráticas e um currículo mais flexível e conectado à formação cidadã.
As duas pesquisas foram realizadas com professores de todas as regiões do Brasil, por meio de questionários abertos, com respostas espontâneas e dissertativas. Ambas as análises ponderaram o número de participantes por região de forma que ficasse proporcional à distribuição geográfica dos professores de educação pública no país, segundo os dados do Censo Escolar 2018.