'Sou playboy, não tenho culpa se seu pai é motoboy': refrão gerou indignação na web
Frase preconceituosa usada por estudantes de medicina para provocar a torcida adversária durante Jogos universitários causou mal-estar nas redes
Educação|Karla Dunder, do R7
![Fala preconceituosa de alunos da Unig](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/HOOY2I57CFMZLNK2OONNGQD4HI.jpg?auth=c5d426d1cf8707a5dbf36eda23d64e5b1232137963e2e66c5a6e98418c0d9a01&width=600&height=400)
Durante a realização dos Jogos Universitários em Vassouras, no Rio de Janeiro, no mês de outubro, um grupo de estudantes do curso de medicina da Unig (Universidade de Iguaçu) decidiu provocar a torcida adversária gritando: "Sou playboy, não tenho culpa se seu pai é motoboy".
A manifestação dos estudantes foi registrada em um vídeo, que caiu nas redes sociais e viralizou pela repercussão negativa da fala preconceituosa. Em outro momento da gravação, os futuros médicos gritam: "Meu dinheiro não acaba". A Unig é uma instituição privada com mensalidades que podem ultrapassar R$ 10 mil nos cursos da área da saúde.
O grito agressivo dos estudantes ofendeu Anderson Ferreira Bastos Júnior, de 23 anos, morador de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e aluno do último período do curso de medicina na Unig. Em entrevista ao R7, ele contou que o pai trabalhou como motoboy e que para garantir os estudos do filho, vendeu casa e carro.
Como consequência da atitude preconceituosa, o prefeito de Vassouras, Severino Dias, pediu a expulsão dos estudantes da cidade. E a universidade se pronunciou por meio de comunicado afirmando que "não compactua" com as atitudes dos alunos.