No próximo domingo (20), os estudantes vão encarar a segunda etapa de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os participantes vão responder a 45 questões de matemática e 45 de ciências da natureza e suas tecnologias (física, química e biologia). Como matemática corresponde a 25% da prova, o R7 ouviu professores e suas dicas dos assuntos que mais costumam cair no exame. "Tradicionalmente, o Enem trabalha com assuntos de fácil contextualização, com situações do cotidiano e, muitas vezes, que envolvem a interpretação de gráficos ou tabelas. É muito importante que o estudante tenha intimidade com o tipo de exame que vai realizar", explica o professor de matemática do curso Etapa Alexandre Borges. Para o professor Heitor Oliveira, do curso Se Liga, a prova está contextualiza em um cenário no qual o estudante precisa identificar o que a questão pede. "Mais do que simplesmente se impressionar com o tema, o aluno precisa tentar compreender o que está entre aquelas entrelinhas para que ele saiba, independentemente da contextualização, buscar do que o problema está falando." Com base nas edições anteriores, os professores destacam os assuntos que costumam cair com mais frequência.1. Funções Funções são expressões matemáticas que se relacionam com dois conjuntos numéricos. Elas podem ser do 1° e do 2° grau. Estudos de retas e comportamento de parábolas também são encontrados nesse tema.2. Razão e proporção Muito conhecida pelos alunos do ensino médio, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, com coeficiente entre dois números, e a proporção determina a igualdade entre duas razões. Para o professor Heitor Oliveira, pode ser o assunto com mais destaque. "Talvez seja um dos temas que representem 20% da prova, a maior quantidade de questões, simplesmente porque está associado ao cálculo de porcentagem, semelhança de triângulo, função do primeiro grau, geometria plana no cálculo de áreas, volumes e perímetros. Esse tema tem uma riqueza e versatilidade muito grandes, o que faz com que sua presença seja maior que os outros temas."3. Estatística O estudo desse tema se desenvolve pelos cálculos de média e mediana e trabalha com resultados incertos, mas sempre dentro de uma margem de erro aproximada. Possibilita a coleta e análise de dados. É dividida em estatística descritiva, que apresenta composição, análise e dados. É voltada para o estudo de amostras sobre determinada população, e pode assim fazer comparações e pesquisas.4. Probabilidades A probabilidade é a matemática que estuda as frequências dos eventos, os fenômenos que podem vir a acontecer, e analisa as oportunidades de um determinado evento ocorrer. O cálculo da probabilidade se baseia no resultado, que varia de 0 a 1: quanto mais próximo o resultado for do valor 1, mais precisa é a ocorrência. 5. Geometria plana e espacial Muito comum nas provas do Enem, é a área que estuda as figuras dimensionais e tridimensionais. O uso de trigonometria para a resolução de problemas é muito frequente na geometria plana e espacial. "A trigonometria aparece como uma ferramenta de cálculo. Na geometria plana, principalmente, são comuns: figuras, perímetros, semelhança de triângulos e teorema de Pitágoras caem com bastante frequência. "Acredito que gire em torno de 15% a 18% na prova, só em cima do tema de geometria", afirma Heitor.6. Porcentagem É a razão entre um número e 100 e envolve a matemática financeira, variação percentual e cálculo de porcentagem direta, juros simples e compostos — muito presentes no cotidiano. A porcentagem indica resultados econômicos e pesquisas e é representada pelo símbolo %.7. Análise combinatória Área da matemática que estuda métodos, técnicas e análises voltadas para a resolução de problemas com contagem, como determinar o número de possibilidades de um determinado evento ou situação. É bastante utilizada nos exercícios de probabilidade, pois permite contar os casos favoráveis e as possibilidades. "É indicado refazer as provas mais recentes ou simulados para verificar os assuntos que mais aparecem e priorizá-los na hora de estudar", orienta o professor Alexandre Borges. "Também é importante para se acostumar a ficar várias horas concentrado para a realização do exame. Isso ajuda a criar o hábito de pesquisar o motivo dos eventuais erros e saber o embasamento teórico no qual a questão está inserida (por meio de aulas e anotações). Isso faz muita diferença na realização de um bom exame."* Estagiária do R7, sob supervisão de Karla Dunder