Veja sete assuntos de matemática que costumam cair no Enem
Prova corresponde a 25% das questões; participantes devem prestar atenção em temas como funções do 1° e 2° graus
Educação|Marcela Virgulino*, do R7
No próximo domingo (20), os estudantes vão encarar a segunda etapa de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os participantes vão responder a 45 questões de matemática e 45 de ciências da natureza e suas tecnologias (física, química e biologia).
Como matemática corresponde a 25% da prova, o R7 ouviu professores e suas dicas dos assuntos que mais costumam cair no exame.
"Tradicionalmente, o Enem trabalha com assuntos de fácil contextualização, com situações do cotidiano e, muitas vezes, que envolvem a interpretação de gráficos ou tabelas. É muito importante que o estudante tenha intimidade com o tipo de exame que vai realizar", explica o professor de matemática do curso Etapa Alexandre Borges.
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Para o professor Heitor Oliveira, do curso Se Liga, a prova está contextualiza em um cenário no qual o estudante precisa identificar o que a questão pede. "Mais do que simplesmente se impressionar com o tema, o aluno precisa tentar compreender o que está entre aquelas entrelinhas para que ele saiba, independentemente da contextualização, buscar do que o problema está falando."
Com base nas edições anteriores, os professores destacam os assuntos que costumam cair com mais frequência.
Temas de matemática e suas tecnologias
1. Funções
Funções são expressões matemáticas que se relacionam com dois conjuntos numéricos. Elas podem ser do 1° e do 2° grau. Estudos de retas e comportamento de parábolas também são encontrados nesse tema.
2. Razão e proporção
Muito conhecida pelos alunos do ensino médio, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, com coeficiente entre dois números, e a proporção determina a igualdade entre duas razões.
Para o professor Heitor Oliveira, pode ser o assunto com mais destaque. "Talvez seja um dos temas que representem 20% da prova, a maior quantidade de questões, simplesmente porque está associado ao cálculo de porcentagem, semelhança de triângulo, função do primeiro grau, geometria plana no cálculo de áreas, volumes e perímetros. Esse tema tem uma riqueza e versatilidade muito grandes, o que faz com que sua presença seja maior que os outros temas."
3. Estatística
O estudo desse tema se desenvolve pelos cálculos de média e mediana e trabalha com resultados incertos, mas sempre dentro de uma margem de erro aproximada. Possibilita a coleta e análise de dados. É dividida em estatística descritiva, que apresenta composição, análise e dados. É voltada para o estudo de amostras sobre determinada população, e pode assim fazer comparações e pesquisas.
4. Probabilidades
A probabilidade é a matemática que estuda as frequências dos eventos, os fenômenos que podem vir a acontecer, e analisa as oportunidades de um determinado evento ocorrer. O cálculo da probabilidade se baseia no resultado, que varia de 0 a 1: quanto mais próximo o resultado for do valor 1, mais precisa é a ocorrência.
5. Geometria plana e espacial
Muito comum nas provas do Enem, é a área que estuda as figuras dimensionais e tridimensionais. O uso de trigonometria para a resolução de problemas é muito frequente na geometria plana e espacial.
"A trigonometria aparece como uma ferramenta de cálculo. Na geometria plana, principalmente, são comuns: figuras, perímetros, semelhança de triângulos e teorema de Pitágoras caem com bastante frequência. "Acredito que gire em torno de 15% a 18% na prova, só em cima do tema de geometria", afirma Heitor.
6. Porcentagem
É a razão entre um número e 100 e envolve a matemática financeira, variação percentual e cálculo de porcentagem direta, juros simples e compostos — muito presentes no cotidiano. A porcentagem indica resultados econômicos e pesquisas e é representada pelo símbolo %.
7. Análise combinatória
Área da matemática que estuda métodos, técnicas e análises voltadas para a resolução de problemas com contagem, como determinar o número de possibilidades de um determinado evento ou situação. É bastante utilizada nos exercícios de probabilidade, pois permite contar os casos favoráveis e as possibilidades.
Vale a pena estudar provas das edições passadas?
"É indicado refazer as provas mais recentes ou simulados para verificar os assuntos que mais aparecem e priorizá-los na hora de estudar", orienta o professor Alexandre Borges. "Também é importante para se acostumar a ficar várias horas concentrado para a realização do exame. Isso ajuda a criar o hábito de pesquisar o motivo dos eventuais erros e saber o embasamento teórico no qual a questão está inserida (por meio de aulas e anotações). Isso faz muita diferença na realização de um bom exame."
* Estagiária do R7, sob supervisão de Karla Dunder