Os candidatos ao governo do Rio de Janeiro falaram ao R7 sobre suas principais propostas para a área da saúde pública.
As medidas passam pela manutenção das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), criação de sistema de regulação para integrar as redes municipais, estadual e federal e revisão de contratos das chamadas OSs (organizações sociais). Veja a seguir:
Anthony Garotinho (PR)
Garotinho defende mais recursos para a saúde e a criação da Central Única de Regulação do SUS (Sistema Único de Saúde).
— O atual governo investiu mais de R$ 1 bilhão na reforma do Maracanã e se esqueceu da saúde das pessoas. Não podemos aceitar isso. Vamos cuidar também de melhorar e facilitar a marcação de consultas, exames e internações, criando a Central Única de Regulação do SUS.
Para o candidato do PR, os hospitais de emergência da baixada devem ser integrados à rede estadual.
— Atualmente, o caos é tão grande na rede estadual de saúde, que a primeira coisa que vou fazer é colocar ordem na casa. Vamos também estadualizar todos os hospitais de emergência da Baixada Fluminense e botá-los para funcionar. Hoje o paciente chega num hospital estadual e, muitas vezes, não tem médico, equipamento e nem medicamento.
Dayse Oliveira (PSTU)
A candidata do PSTU quer investir 10% do PIB do Estado na saúde pública.
— Quero dobrar o orçamento do SUS. O Estado tem que assegurar o investimento mínimo de 12% do orçamento para a saúde. Dinheiro público para saúde pública. Eu defendo mais verbas para o SUS e nenhuma verba para saúde privada.
Dayse quer colocar fim na terceirização e privatização do setor, além de valorizar profissionais da saúde.
— Para os profissionais da saúde, eu defendo jornada máxima de 30 horas semanais, melhores condições de trabalho, salários justos e Plano de Cargos Carreiras e Salários. Defendo a revogação de todas as leis privatizantes da saúde e a reestatização de todos os serviços de saúde privatizados por Organizações Sociais, Fundação Saúde, entre outras.
Lindberg Farias (PT)
Uma das bandeiras do candidato Lindberg é a contratação de médicos especialistas para trabalhar em todo o Estado.
— A falta de médicos é o maior problema nas unidades públicas. Serão contratados médicos especialistas com a oferta de salários maiores, vou assegurar a presença dos médicos nas unidades que já existem. Com esse programa, ofereceremos 3,3 milhões de novas consultas e procedimentos por ano.
Lindberg disse que, com a reforma e a reabertura de hospitais, quer reduzir o tempo de espera por consultas e exames.
— Será reduzido o tempo de espera na marcação de consultas e exames. Para tanto, vamos reformar hospitais que estão degradados, transformar prédios abandonados em hospitais e reabrir hospitais que foram fechados. Ou seja, melhorar o que já existe. E há recursos do governo federal para realizar esses investimentos.
Luiz Fernando Pezão (PMDB)
O candidato do PMDB afirmou que vai criar o programa Médico Todo Dia e contratar 6.000 médicos para atuar nas UPAs de todas as regiões do Estado.
— Vamos contratar 6.000 médicos no Programa Médico Todo até 2018 e também construir mais 75 Clínicas da Família em todo Estado. Em Niterói, será instalado o Centro de Diagnóstico de Imagem – Rio Imagem 2.
O candidato ainda prevê a construção de quatro hospitais de referência.
— O número de leitos aumentará ainda mais com a criação de mais quatro hospitais de referência: um de Oncologia, em Nova Friburgo, um de Cardiologia, em Queimados, um Hospital de Trauma, na Baixada Fluminense e o Hospital da Mãe, em São Gonçalo, este último com 80 leitos, 18 salas de parto humanizado e 40 leitos de UTI neonatal.
Marcelo Crivella (PRB)
O candidato do PRB quer reabrir hospitais e reverter o que chama de privatização da saúde.
— Nossa gestão vai reverter o processo de privatização da gestão hospitalar. Em face de uma saúde pública estadual falida, é nosso firme propósito exercer o papel de coordenador do SUS, integrado também pelas redes de saúde municipal e federal, a fim de tornar a saúde no Estado efetivamente universal, com qualidade adequada.
Crivela ainda prometeu acabar com a fila dos que esperam por uma cirurgia no Rio.
— O meu governo vai dar fim à fila de 12 mil fluminenses que aguardam por uma cirurgia. Às vezes, tais procedimentos são de baixa complexidade. Para isso, serão feitos convênios com a iniciativa privada e com o governo federal.
Ney Nunes (PCB)
O candidato foi procurado pelo R7, mas não enviou as propostas até a publicação desta reportagem.
Tarcísio Motta (PSOL)
Tarcísio Motta prometeu valorizar os servidores da saúde, promover concursos públicos e desenvolver políticas públicas sobre o aborto nos casos autorizados pela lei.
— Vou realizar concurso público e criar um Plano de Cargos, Carreiras e Salários para a área da saúde. Vou garantir em todos os hospitais públicos, a informação e o acompanhamento necessários para a prática do aborto nos casos autorizados pela lei.
O candidato do PSOL disse que vai desenvolver no Rio uma gestão democrática das unidades de saúde, ampliar da rede de hospitais e rever as terceirizações na saúde.
— Vamos promover a revisão e auditoria de todos os contratos de terceirização celebrados pelos governos anteriores e construir hospitais regionais de média complexidade nas regiões do Estado.
Leia mais notícias de Eleições 2014
Leia também
Governo Cabral é alvo de ataques no primeiro debate entre candidatos ao governo do Rio
Suplentes dos candidatos ao Senado são os mais ricos
Ministério Público do Rio quer Forças Armadas para garantir eleições no Estado
Eleições RJ: candidatos querem manter UPPs, mas divergem sobre expansão e condução do programa
Candidato no Rio, Crivella defende expansão de UPPs para todos