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Eleições 2014

Governo Cabral é alvo de ataques no primeiro debate entre candidatos ao governo do Rio

Ajuda à região serrana, educação, segurança e saúde lideraram os ataques a atual gestão

Rio de Janeiro|Do R7

Vaias foram ouvidas quando o governador Luiz Fernando Pezão chegou ao local do debate, na noite de terça-feira
Vaias foram ouvidas quando o governador Luiz Fernando Pezão chegou ao local do debate, na noite de terça-feira

O deputado federal Anthony Garotinho (PR), o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), os senadores Lindberg Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB) e o professor Tarcisio Motta (PSOL), todos candidatos ao governo do Rio, participaram do debate realizado pela TV Band Rio na noite desta terça-feira (19), no teatro Oi Casa Grande, no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro.

O candidato Pezão foi criticado pela atuação do governo de Sérgio Cabral. Ataques foram feitos a sua atual gestão como governador do Estado do Rio. As politicas de auxílio à região serrana, a segurança, a saúde e a educação foram os temas mais atacados.

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Vaias puderam ser ouvidas quando Pezão chegou ao local do debate. As provocações vieram de militantes da oposição ligados ao ex-governador Anthony Garotinho e Lindberg Farias.

Antes de o debate começar, militantes de diversos partidos tomaram conta da frente do teatro, cantavam jingles de campanha, gritavam palavras de ordem, empunhavam e tremulavam bandeiras com fotos dos candidatos ao governo.


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Anthony Garotinho abriu o debate questionando Pezão a respeito de supostas irregularidades na condução das obras de reconstrução das cidades da região serrana do Rio de Janeiro. Garotinho disse que pessoas ligadas ao atual governador estavam respondendo a processos por denúncias realizadas pelo Ministério Público do Rio e pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro).


O candidato do PMDB negou a existência de irregularidades em sua gestão como vice-governador e disse que durante as chuvas que afetaram o Estado em 2011 percorreu diversas localidades do Rio de Janeiro que sofreram com a tragédia.

— Tenho orgulho da minha atuação, fiquei 36 dias na serra, fizemos pontes e ainda vamos entregar muitas obras por lá. Eu não me arrependo de nada do que eu fiz na serra.

Garotinho não ficou satisfeito com a resposta de Pezão e afirmou que o atual governador estava "mentindo" e citou apurações do TCE e da CGU (Controladoria Geral da União) para embasar sua fala. Em um tom irônico, Pezão respondeu que Garotinho não poderia "falar de processo".

— Acho que você é campeão em processo [risos].

O governador não entrou em detalhes a respeito de denúncias contra Garotinho. Após a fala de Pezão, a plateia que assistia ao debate vibrou. O jornalista Sérgio Costa, mediador da noite, pediu que todos se acalmassem.

Processos

Após deixar o governo do Rio, Garotinho respondeu a diversos processos sobre irregularidades em sua gestão, mas recentemente foi inocentado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Atualmente, o candidato é considerado pela Justiça eleitoral um ficha limpa.

Posteriormente, o candidato do PR foi questionado por Tarcísio Motta (PSOL) sobre o tema da educação. Garotinho aproveitou a resposta para retomar a discussão sobre as obras na região serrana e declarou que Pezão estava "brincando com o sentimento de mais de 900 moradores" de municípios como Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

Legalização da maconha

A questão da maconha também esteve em pauta. De todos os candidatos presentes apenas Tarcísio Motta (PSOL) se declarou a favor da legalização da maconha.

— Sou a favor da legalização da maconha, legalização é controlar e fazer uma política efetiva sobre os riscos de qualquer droga. Como já existe com o tabaco e com o álcool.

Crivella (PRB) foi enfático ao defender sua posição contrária à legalização da maconha. O candidato afirmou que com “maconha não constrói um país".

— Os países que liberaram voltaram atrás.

Farpas

Um embate entre os candidatos Lindberg Farias e Anthony Garotinho esquentou o debate. Lindberg criticou a educação na cidade de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, que ocupa uma das piores posições no ranking do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da região sudeste. O candidato do PT queria saber onde os royalties que o município recebe por sua produção de petróleo eram aplicados.

O ataque irritou Garotinho, porque sua esposa é prefeita da cidade e acompanhava o debate ao vivo no teatro. O candidato do PR convidou Lindberg a conhecer as diversas escolas que Rosinha Garotinho construiu em sua gestão. E disse que o mesmo não poderia falar da administração de Lindberg à frente da prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

— Desafio a qualquer um que visite uma escola que ele [Lindberg] tenha construído.

Lindberg ironizou mais vez a posição da cidade comandada pelo PR, criticou a atual administração do governo do Rio e falou sobre a falta de investimentos em saúde.

— O Hospital da Posse e o Hospital de Nova Iguaçu recebem gente de toda Baixada. Não recebem um centavo do governo do Estado. O governo só olha para o Rio do cartão-postal. O Rio do pobre está esquecido. O governo do Estado não investe na Baixada.

UPPs

Apesar dos ataques que o atual governo recebeu, a iniciativa de implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) foi elogiada. Os candidatos ponderaram que o programa precisa levar também serviços públicos e sociais a todas as comunidades que já receberam esse investimento de segurança.

Além das UPPs, Crivella acredita que um policiamento ostensivo, investimento no aumento de contingente de policiais e um batalhão de motociclistas possam ser uma saída para a segurança pública do Rio.

— Segurança publica também é uma questão de contingente. Selecionar e treinar esse homem para ir para as ruas é fundamental. Uma sugestão do meu vice é a criação de um batalhão de motociclistas e também manter um policiamento ostensivo é fundamental.

A desmilitarização da polícia também foi debatida. Tarcísio foi o único a defender a desmilitarização na Polícia Militar do Rio — os outros candidatos são contra essa política, mas a favor de um investimento maior no preparo dos policiais fluminenses.

Já a política de cotas foi unanimidade entre os candidatos, ficou claro que todos são a favor das cotas que são aplicadas como formas de ingresso nas universidades estaduais e concursos públicos do Rio. O debate foi finalizado após cada candidato falar por dois minutos sobre suas propostas de governo para o Rio de Janeiro.

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