TRE diz que poucas urnas foram substituídas em São Paulo
O desembargador disse acreditar que por volta das 20h já se possa ter uma noção razoável dos resultados da eleição e que apuração se encerre pelas 23h
Eleições 2018|Agência Brasil
O índice de urnas eletrônicas que apresentaram problemas no estado de São Paulo foi mínimo, segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin. “Foram substituídas de 20 a 30 urnas”, informou, em entrevista coletiva na manhã de hoje (7). A votação no Estado conta com um total de 114 mil urnas distribuídas em 96 mil sessões.
O TRE está fazendo uma votação simulada para demonstrar a confiabilidade do sistema eletrônico. “A auditoria que estamos fazendo da urna eletrônica, já fizemos antes da abertura. A auditoria das assinaturas digitais e dos programas. E aqui. fazemos auditoria paralela, votação paralela. Estamos ditando os votos que foram feitos em cédulas escritas."
Para o presidente do TRE-SP, as urnas são absolutamente seguras e protegidas por criptografia. “A urna está sendo usada há 20 anos e não há nada que a desmereça. Nada concreto, específico. Tudo o que vocês ouvem é boato. Mais uma vez insisto: a urna não está ligada à internet, não se liga a nenhuma rede social, é completamente imune a hackers ou interferências externas”, afirmou. De acordo com ele, o voto impresso usado anteriormente era mais difícil de ser apurado e mais exposto a erros humanos e tentativas de fraude.
O desembargador disse acreditar que por volta das 20h já se possa ter uma noção razoável dos resultados da eleição e que apuração se encerre pelas 23h.
Movimento nas ruas
A movimentação de eleitores foi intensa no fim da manhã de hoje (7) no Colégio São Luís, segundo maior local de votação da capital paulista. Mais de 18,5 mil pessoas votam na escola, que fica no Jardim Paulista, na região central. O maior colégio eleitoral de São Paulo fica no bairro Campo Limpo, na zona sul, com mais de 25,8 mil votantes. São Paulo é o maior em número de eleitores no estado, com cerca de 9 milhões.
A médica Ismália Schimdt, 38 anos, votou junto com a família, a mãe, a irmã e o filho. Em menos de 20 minutos, eles passaram pela urna para registrar as escolhas para deputados estadual e federal, dois senadores, governador e presidente. “Espero que tenha segundo turno, porque aí poderemos discutir melhor as propostas”, disse à Agência Brasil.
Pedro Aguiar, 26 anos, acompanhou a mãe Sandra, 58 anos, que é cadeirante, para votar. “Foi bem rápido, porque não pegamos fila e a escola é toda acessível. Não tivemos dificuldades”, relatou.
A professora Maria de Lourdes Magalhães, 59 anos, precisou justificar o voto, pois o título está registrado em Belém, no Pará. “Moro aqui há 15 anos e nunca transferi. Não sei explicar o porquê. Acho que é para não participar mesmo, descrença em tudo isso”, disse.