O Senado dos Estados Unidos aprovou, na última quarta-feira (28), uma resolução para defender que o pleito do Brasil seja "livre, justo, crível, transparente e pacífico". O texto prevê, também, o reconhecimento imediato do resultado das urnas.VEJA A COBERTURA COMPLETA DAS ELEIÇÕES 2022 NA PÁGINA ESPECIAL DO R7 A resolução é de autoria de Bernie Sanders e não tem força de lei. Na prática, o termo funciona como uma recomendação à Casa Branca, comandada pelo democrata Joe Biden. O texto cita, ainda, para reconsiderar a relação entre os Estados Unidos e "qualquer governo que chegue ao poder no Brasil por meios antidemocráticos, incluindo um golpe militar". Essa não é a primeira vez que algum órgão dos Estados Unidos se manifesta sobre a eleição brasileira. Após o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), convocar embaixadores estrangeiros para uma reunião no Palácio da Alvorada para levantar, sem provas, suspeitas contra as urnas eletrônicas, a embaixada estadunidense disse que o sistema eleitoral é modelo para o mundo. "Como já declaramos anteriormente, as eleições no Brasil são para os brasileiros decidirem. Os Estados Unidos confiam na força das instituições democráticas brasileiras. O país tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores", disse a embaixada, em julho. "As eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo", acrescentou. Os Estados Unidos afirmaram na última terça-feira (27) que condenam "qualquer tipo de violência" e que estão acompanhando as eleições brasileiras, marcadas para domingo (2). "Nós vimos relatos recentes de violência e, embora o direito de protestar seja fundamental em qualquer democracia, os Estados Unidos condenam qualquer tipo de violência e clamam que os brasileiros façam suas vozes serem ouvidas de maneira pacífica", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, durante coletiva de imprensa. A porta-voz da Casa Branca destacou também que o país tem a expectativa de que o pleito brasileiro ocorra de maneira livre e transparente. "Vamos acompanhá-los de perto e confiar na força das instituições democráticas do Brasil", disse Karine. "Continuaremos acompanhando as eleições com todas as expectativas de que serão conduzidas de uma maneira livre, justa, transparente e críveis com todas as relevantes instituições operando de acordo com a Constituição", destacou. Nas redes sociais, Bolsonaro agradeceu o apoio que recebeu de líderes estrangeiros, como o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán - líder da ultradireita no país europeu - e do deputado espanhol Santiago Abascal, por exemplo. "Meu muito obrigado ao primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban pelo reconhecimento do trabalho que temos feito para recuperar nossa economia, controlar a inflação, gerar empregos, combater o crime e defender nossos valores. Sigamos no caminho certo rumo a um futuro brilhante", escreveu Bolsonaro.