Como tudo em São Paulo, os números das eleições para prefeito, na corrida vencida por Ricardo Nunes, também são gigantescos. Para administrar um orçamento anual de R$ 122,7 bilhões, isso não poderia ser diferente.Este foi a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) apresentada pela atual gestão de Nunes e que será decidida pela Câmara Municipal até o fim do ano. Os 9.322.595 de eleitores que foram às urnas neste domingo (27), decidiram que o emedebista vai cuidar desta riqueza. Tudo com um salário de R$ 38.039,38.Mas o salário do prefeito é o menor número diante das cifras envolvidas na cidade mais rica do Brasil.Para concorrer ao cargo, Guilherme Boulos (PSOL) contou com um “investimento” que ele nunca viu em sua carreira. Com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT, a campanha dele recebeu R$ 81.212.249,00, contando o fundo partidário. A diferença é enorme em comparação a 2020, quando o orçamento foi de R$ 7,6 milhões.Já Nunes teve R$ 51.528.765,84 para gastar durante a corrida. Em 2020, ele era vice de Bruno Covas, e a cifra chegou a R$ 19,4 milhões, à época, a mais cara campanha naquela eleição. Os dados foram fornecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).Os valores superlativos não renderam muitos mais votos para o candidato da esquerda. Ele praticamente repetiu o desempenho, assim como Nunes.Desta vez, Boulos conseguiu 2.323.901 votos. Ou seja, sua campanha gastou R$ 34,9 por voto. Já Nunes conquistou a confiança de 3.393.110 eleitores. Um gasto médio de R$ 15,1 por eleitor.