Deputada federal (PSB) e candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, 30 anos, diz que pretende colocar “carretas móveis” nas ruas da capital para realizar exames ginecológicos e oftalmológicos, além de atendimentos dentários. Isso até conseguir “normalizar a situação da fila”, de mais de 450 mil pessoas, no Sistema Único de Saúde da capital.“São as questões mais agudas e, se a gente não trata agora, pode vir uma doença mais grave depois [...] E a gente sabe que a saúde da mulher é uma das mais prejudicadas”, falou, em conversa com o R7, após sabatina do programa Balanço Geral, da RECORD.Segundo dados da pesquisa Mapa de Acesso à Saúde de São Paulo, 83% da população já sentiu “alguma dificuldade quando precisou usar o SUS”. O estudo foi realizado pelo SindHosp — instituição que representa hospitais, clínicas, laboratórios e outros estabelecimentos do setor privado de saúde no Estado de São Paulo — e destaca ainda a insatisfação de 54% dos entrevistados com relação à espera pela consulta.Frente à situação, Tabata fala em prevenção. “As pessoas morrem hoje por doença do coração, por doença evitável. É um compromisso meu. Toda pessoa vai ter, a 15 minutos da sua casa, ou uma praça, ou uma academia pública, ou uma quadra de escola com profissional da educação física, para ajudar a prevenir a obesidade e as doenças cardíacas.”Questionada sobre como agirá contra as quadrilhas que operam na cidade roubando celular — 20 aparelhos foram roubados ou furtados por hora na capital no mês de junho, segundo a Secretaria de Segurança Pública —, a deputada cita o caso do município de Teresina como um exemplo a ser seguido.A Secretaria de Segurança do Piauí criou um projeto que recuperou mais de 8.000 aparelhos, em um ano e meio, com ajuda um sistema que rastreia o número de registro e permite a sua localização.“Tem que sentar com as operadoras e firmar o compromisso de rastrear os celulares roubados. O segundo passo é sentar com a Polícia Civil e, se nesses aparelhos for ativada uma nova linha, ter a coragem de ir lá, com a Polícia Militar, e recuperar esse celular”, afirma.“O terceiro passo é começar a mapear quais são os empresários, os comércios que estão vendendo o celular roubado. Não adianta só atuar na rua, se a gente não entende o grande esquema que tem por trás”, completa.Para isso, a deputada quer criar “um centro de controle de confiança” em cada subprefeitura da cidade. “O celular roubado aqui em São Paulo vai ser caro, não vai ser barato como é hoje, não.”Tabata Amaral cresceu na Vila Missionária, periferia da zona sul de São Paulo. No ensino médio, representou o Brasil em cinco olimpíadas internacionais de ciências. É formada em ciência política e astrofísica pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com bolsa integral. Também é ativista pela educação e cofundadora do Projeto VOA! e dos movimentos Mapa Educação, Acredito e Vamos Juntas.Tabata foi eleita deputada federal em 2018, pelo PDT. Em 2021, deixou o partido e se filiou ao PSB, pelo qual foi reeleita para o cargo de deputada federal em 2022.Terça-feira (13): José Luiz Datena (PSDB): confira a entrevista ao R7 e assista à íntegraQuinta-feira (15): Tabata Amaral (PSB)Sexta-feira (16): Marina Helena (Novo)Terça-feira (20): Guilherme Boulos (PSOL)Quinta-feira (22): Ricardo Nunes (MDB)Sexta-feira (23): Pablo Marçal (PRTB)As sabatinas também serão exibidas, simultaneamente, no R7.com e no PlayPlus.Acompanhe o Balanço Geral, que vai ao ar de segunda a sexta, às 11h50; e aos sábados, às 13h, na RECORD.