Quem mora nas grandes cidades e enfrenta trânsito intenso sabe o quanto é difícil andar poucos metros, pisar na embreagem e mudar de marcha. Mas, antes de sonhar com um carro que tenha câmbio automático, vale entender as diferenças entre os modelos e conhecer a fundo as vantagens. “Ao longo dos anos, a indústria desenvolveu vários tipos de câmbios, com diferentes propostas e complexidades. Os câmbios mais usados atualmente são os automáticos convencionais, seguido dos automatizados de uma ou duas embreagens, CVT (transmissão continuamente variável) e o famoso e cada vez menos usado manual com embreagem de pedal”, diferencia o consultor automotivo Andre Bertoldi Reiter, do Especialista em Carros. Para o profissional, a lista de vantagens do câmbio automático em relação aos manuais é extensa. “São muitas as vantagens, entre elas podemos citar o conforto, durabilidade do motor e, em alguns casos, a economia de combustível, que consequentemente reduz poluentes. Acredito que se mais carros saíssem de fábrica com câmbio automático, teríamos uma redução significativa de acidentes, pois é muito comum não usar a marcha correta para fazer uma ultrapassagem, o que é extremamente perigoso, já que o veículo não terá o desempenho necessário para fazer a manobra com segurança, fato que não aconteceria se o carro fosse automático ou automatizado, pois a central eletrônica do câmbio escolhe a marcha mais indicada para proporcionar o melhor desempenho conforme o pedal do acelerador for pressionado”, observa.Automático, CVT ou automatizado? O consultor automotivo Alexandre Reolon, da Dailycar, afirma que tanto o câmbio automático, quanto o CVT e o automatizado eliminam a necessidade de o motorista intervir nas trocas de marchas, porém cada modelo usa uma tecnologia diferente. “O automático é o sistema mais convencional, robusto e preciso, e que exige menor manutenção. Seu princípio de funcionamento se dá por meio de um ‘conversor de torque’ juntamente com o câmbio, que em vez de engrenagens possui vários discos movimentados por meio da pressurização do óleo e assim transmitem a força do motor para as rodas. Já o câmbio CVT, utiliza uma tecnologia mais nova, onde não existem marchas, a tradução de CVT é Transmissão Continuamente Variável, funciona por meio de polias cônicas que se movimentam ligadas a uma correia, esse movimento das polias altera a relação de força versus velocidade do câmbio. É um ótimo sistema de transmissão, porém não tão robusto quanto o automático convencional. O câmbio automatizado, por sua vez, é exatamente igual ao câmbio de um carro manual, porém nesse caso um sistema eletrônico com atuadores é responsável pelo acionamento da embreagem e trocas de marchas, como se fosse um robô fazendo as trocas para o motorista. Sua principal vantagem é o custo na hora da compra, que é muito inferior em relação ao automático convencional. Porém, alguns componentes têm uma vida útil relativamente baixa, e são poucos os profissionais no mercado que têm conhecimento necessário para executar esse tipo de manutenção”, esclarece.CVT é sempre mais econômico? Teoricamente o câmbio CVT deveria ser o mais econômico, já que mantém as rotações do motor o mais baixo possível quando o motorista está exigindo pouca aceleração. “Porém como ele é dotado de conversor de torque que só para de atuar acima de determinada velocidade (geralmente acima de 30 km/h) ele não é o mais econômico em trajetos urbanos. Já em trajetos rodoviários, o CVT leva vantagem e costuma proporcionar boas médias de consumo, geralmente melhor que todos os outros tipos de câmbio”, explica Andre Bertoldi Reiter.Troca de fluido De acordo com o consultor Andre Bertoldi Reiter, mais de 90% de todos os problemas que ocorrem em um câmbio automático ocorrem por falta da troca do fluido da transmissão. “A culpa geralmente não é do proprietário, pois a grande maioria das montadoras não recomenda a troca do mesmo. Se você trocar o fluido da transmissão a cada 50.000 km seu câmbio automático terá praticamente a mesma longevidade do veículo e seu custo de manutenção será muito mais baixo que o de um carro com câmbio manual. Porém, se a troca do fluido e dos filtros não for executada e o câmbio tiver que ser aberto, o custo do reparo será bem maior que o de um manual”, explica.Dica de especialista O consultor Alexandre Reolon revela que poucos motoristas de carro com câmbio automático sabem que, ao desligar o veículo, é importante fazer o procedimento na sequência correta, já que se o freio de mão não estiver em pleno funcionamento, toda a força para segurar o veículo parado será descarregada no câmbio, gerando um desgaste prematuro em todo o sistema: “Pare o carro completamente, coloque a alavanca do câmbio em “N”, acione o freio de estacionamento, libere o pedal do freio, certifique que o veículo permanece parado, coloque a alavanca na posição “P” e, por fim, desligue o veículo”. Agora que você já conhece as vantagens do câmbio automático, clique aqui, acesse o Autoline e faça a busca do seu próximo carro.