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CNA faz acordo com oposição liberal para governo de coalizão na África do Sul

CIDADE DO CABO — O Congresso Nacional Africano (CNA), da África do Sul, chegou nesta quinta-feira, 13, a um acordo com os principais...

Estadão Conteúdo|Do R7

CIDADE DO CABO — O Congresso Nacional Africano (CNA), da África do Sul, chegou nesta quinta-feira, 13, a um acordo com os principais partidos da oposição para formar um governo de coalizão e pôr fim a um impasse político depois de ter perdido a sua maioria absoluta de 30 anos nas eleições de maio.

O secretário-geral do CNA, Fikile Mbalula, afirmou que o governo “gravitará para o centro”, depois que os partidos de esquerda rejeitaram um acordo. “Conseguimos um grande avanço no acordo comum sobre a necessidade de trabalharmos juntos”, declarou Mbalula.

O anúncio foi feito na véspera da primeira sessão do novo Parlamento da África do Sul, quando os legisladores irão elegar um presidente. O CNA precisa da ajuda de outros partidos para reeleger o presidente Cyril Ramaphosa para um segundo e último mandato.

Um amplo acordo era a primeira prioridade para o ANC conseguir a reeleição de Ramaphosa. O ANC ficou em primeiro lugar com 40% dos votos, mas obteve seu pior resultado desde 1994, quando chegou ao poder com Nelson Mandela.

O partido, enfraquecido pela corrupção e os maus resultados econômicos, obteve 159 legisladores em um Parlamento de 400 assentos, perdendo a maioria absoluta e sendo obrigado a formar uma coalizão.

As negociações tinham um prazo para chegar a um acordo geral porque a constituição da África do Sul determina que o Parlamento deve se reunir pela primeira vez e eleger um presidente no prazo de 14 dias após a declaração oficial dos resultados das eleições nacionais. Este prazo se encerra no próximo domingo, 16, e o Parlamento foi convocado para se reunir na sexta-feira, 14, para cumprir esse prazo.

Um terço dos legisladores deve estar presente para constituir um quórum e para que as votações possam prosseguir. Espera-se também que os legisladores elejam o novo presidente e vice-presidente do Parlamento antes da votação para o presidente, e essas escolhas serão provavelmente determinadas pelos acordos alcançados entre os partidos no governo de unidade./AFP e AP.

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