Internacional Assassinos do presidente do Haiti eram 'mercenários profissionais'

Assassinos do presidente do Haiti eram 'mercenários profissionais'

Embaixador haitiano em Washington diz que grupo que assassinou Jovenel Moise era bem treinado e se passou por agentes dos EUA

AFP
Viatura policial fecha a entrada da residência presidencial em Porto Príncipe, local do crime

Viatura policial fecha a entrada da residência presidencial em Porto Príncipe, local do crime

Valerie Baeriswyl / AFP - 7.7.2021

Os responsáveis pelo assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, nesta quarta-feira (7) são mercenários "profissionais" que se passaram por agentes dos Estados Unidos e possivelmente já fugiram do país, disse o embaixador haitiano em Washington.

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"Foi um ataque bem planejado e eles foram profissionais", afirmou o embaixador Bocchit Edmond a jornalistas. "Temos um vídeo e acreditamos que eram mercenários."

Os assassinos foram até a residência do presidente e se apresentaram como agentes do DEA, o departamento americano de combate às drogas, mas seu comportamento não condizia com o de membros da agência, acrescentou Edmond.

Segundo ele, a primeira-dama, Martine Moise, que foi ferida no ataque, será transferida para Miami para receber tratamento médico.

O embaixador explicou que está sendo realizada uma investigação sobre o paradeiro, as motivações e as origens dos assassinos, os quais, de acordo com ele, falavam em espanhol entre eles.

Ele disse ainda que eles podem ter deixado o país, provavelmente indo para a vizinha República Dominicana.

"Não sabemos se eles foram embora", afirmou. "Se não estiverem no país no momento, só há uma maneira de sair e é pela fronteira, porque não há aviões."

Ele indicou que as autoridades de aviação civil teriam detectado uma aeronave particular, mas que o movimento através da fronteira poderia ter passado despercebido.

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