Ataque de rebeldes muçulmanos no sul das Filipinas deixa 2 civis mortos
Internacional|Do R7
(Atualiza com os dois mortos). Manila, 24 set (EFE).- Combatentes Islâmicos do Bangsamoro, que atacaram ontem uma cidade de Mindanao, no sul das Filipinas, mataram dois civis e sequestraram várias pessoas, informaram nesta terça-feira fontes militares. O capitão Anthony Bulao disse que o Exército encontrou os corpos de dois civis após os confrontos com os rebeldes na localidade de Midsayap, na província de Cotabato do Norte, em Mindanao. Uma das vítimas foi decapitada enquanto a outra morreu com um disparo na cabeça, segundo o site "Inquirer". Os dois civis se somam aos quatro soldados que morreram no ataque do grupo rebelde que, segundo os reféns libertados, perdeu também pelo menos quatro de seus milicianos, de acordo com o jornal "Philstar". Durante a madrugada, os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro libertaram 13 pessoas que eram mantidas como reféns desde o início do ataque. O comandante Harold Cabunoc, do Exército filipino, anunciou através do Twitter que nove professores de uma escola e quatro moradores foram libertados durante a madrugada e transferidos para um hospital. Outros quatro professores e 11 agricultores foram libertados ontem pouco depois do ataque insurgente. s Combatentes Islâmicos do Bangsamoro continuam em Midsayap, enquanto áreas da cidade de Zamboanga, também em Mindanao, estão ocupadas há 16 dias por insurgentes islamitas da Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN), liderada por Nur Misuari. Os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro surgiram de uma cisão da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI), que nasceu de outra divisão do FMLN e foi estabelecido formalmente em 1984. Os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro e a facção comandada por Nur Misuari se opõem às negociações de paz entre o governo e o FMLI, que estão em seu estágio final. Misuari exigiu a independência de Mindanao e de outras ilhas do sul das Filipinas em agosto, e no dia 9 de setembro seus homens invadiram Zamboanga com o objetivo de declarar a região independente. A crise de Zamboanga causou até o momento 132 mortos, dos quais 105 são rebeldes, 12 civis, 12 militares e três policiais, e mais de 100 mil refugiados, segundo informações do Exército. EFE hc/rpr