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Atraso da Síria na remoção de armas químicas não é intencional, diz enviada ao país

Internacional|Do R7

Por Louis Charbonneau e Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS, 6 Fev (Reuters) - A chefe de uma missão internacional para armas químicas na Síria disse nesta quinta-feira não acreditar que o governo sírio esteja intencionalmente retardando a remoção de seu arsenal, mas que a cooperação para sua aceleração é vital para o cumprimento do prazo final de 30 de junho.

A chefe da missão da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) e da Organização das Nações Unidas, Sigrid Kaag, encarregada de supervisionar a destruição do arsenal químico sírio, fez um balanço da situação para os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU a portas fechadas.

A Síria não cumpriu o prazo de 5 de fevereiro, fixado pela Opaq, para a retirada de todas as substâncias químicas e precursores do país. O prazo final de 30 de junho, de acordo com o plano da Opaq, é para a destruição de todos os materiais químicos declarados pela Síria.


"Nós avaliamos que o prazo final de 30 de junho pode ser cumprido. O país tem todos os equipamentos e condições", disse Sigrid, depois de sua apresentação no Conselho, que adotou em setembro uma resolução de caráter obrigatório exigindo que o arsenal químico da Síria seja erradicado.

"O ideal era que marcos intermediários (como o de 5 de fevereiro) tivessem sido cumpridos. Eles não foram cumpridos; há atrasos", afirmou ela.


Mas quando indagada sobre se o governo sírio estava deliberadamente se esquivando de sua responsabilidade de transferir todos os químicos para o porto de Latakia, para o embarque ao exterior, Sigrid disse: "Não, não acho que esteja... atrasos não são insuperáveis. Atrasos têm um motivo; há uma lógica, há um contexto."

O presidente sírio, Bashar al-Assad, concordou em destruir suas armas químicas depois da indignação mundial com um ataque com gás sarin em agosto - o maior com armas químicas nos últimos 25 anos no mundo. Esse ataque levou os EUA a ameaçarem bombardear alvos militares, o que foi evitado pelo compromisso de Assad em abandonar o arsenal.


"O regime de Assad tem de adotar imediatamente os passos necessários para cumprir suas obrigações", disse a repórteres a embaixadora dos EUA nas ONU, Samantha Power, depois da apresentação de Sigrid.

"Nós sabemos que o regime tem a capacidade de movimentar essas armas e materiais porque eles as mudaram muitas vezes ao longo deste conflito", disse a embaixadora. "É hora do governo de Assad parar com a morosidade, estabelecer um plano de transporte e mantê-lo."

O relato de Sigrid na ONU era crucial porque se o prazo final de 30 de junho não for cumprido, o Conselho de Segurança provavelmente terá de avaliar se a Síria estava deliberadamente não cumprindo sua obrigação para com o plano acordado internacionalmente.

Sigrid declarou que o gás mostarda corresponde a apenas 1,5 por cento das armas químicas declaradas pela Síria, embora seja uma das partes mais preocupantes do programa. "Assim que for removido para a destruição, um significativo agente perigoso estará fora do país", afirmou.

Em entrevista à Reuters, contudo, Sigrid disse ser possível para o governo sírio completar a total eliminação de seu programa de armas químicas antes de 30 de junho.

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