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Cazaquistão apoia EUA contra EI e espera solução pacífica na Ucrânia

Internacional|Do R7

Washington, 10 dez (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Erlan Idrissov, expressou nesta quarta-feira o apoio de seu país aos Estados Unidos na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e defendeu uma "solução pacífica" para a crise na Ucrânia. Idrissov abordou esses assuntos, entre outros, durante a reunião que teve hoje em Washington com o secretário de Estado americano, John Kerry. "O terrorismo é um fenômeno global. O chamado Estado Islâmico é uma face muito feia dessa infeliz doença. O EI se transformou em um assunto internacional. Por conseguinte, damos as boas-vindas e apoiamos os esforços da comunidade internacional para lutar contra o chamado Estado Islâmico", declarou à Agência Efe o chefe da diplomacia cazaque após o encontro com a Kerry. Perguntado se os EUA solicitaram ajuda militar do Cazaquistão para lutar contra os jihadistas na Síria e no Iraque, onde o país americano lidera uma coalizão internacional, Idrissov respondeu que "os Estados Unidos fizeram um pedido universal a todos os membros da comunidade internacional para participar". "Nós temos nossa forma de abordar esse assunto, especialmente através da cooperação de nossas agências. Isso é muito importante", acrescentou o ministro, sem dar mais detalhes. "O terrorismo não conhece fronteiras. Se transformou em uma ameaça global. Portanto, juntar esforços é uma maneira muito sábia e indispensável de enfrentar esta ameaça", destacou o titular das Relações Exteriores cazaque, ao afirmar que o grupo jihadista "não merece usar o nome do islã, porque o islã é uma religião muito pacífica". Antes da reunião, o secretário de Estado americano destacou a "crescente cooperação" entre ambos os países em matéria de segurança. "Estamos trabalhando (com o Cazaquistão) frente ao desafio do EI e o antiterrorismo", manifestou Kerry em declarações emitidas pelo Departamento de Estado. Outro dos assuntos abordados na reunião foi o conflito da Ucrânia, um caso que "faz com que a vida na Eurásia seja muito complicada", segundo o ministro. "O Cazaquistão está muito descontente com o fato de esta crise ainda não ter se resolvido", afirmou à Efe Idrissov, que se disse "otimista" com a possível resolução do problema. Desde o começo da insurreição pró-russa contra as novas autoridades de Kiev em abril, mais de 4.300 pessoas morreram, entre combatentes e civis, e milhares se transformaram em refugiados. "Esperamos que através do diálogo entre as partes, se alcance um compromisso e uma solução pacífica à crise na Ucrânia", disse. O chefe da diplomacia cazaque reiterou a oposição de seu país, estreito aliado de Moscou, às sanções impostas pelos EUA e pela União Europeia (UE) à Rússia. "O Cazaquistão não apoia as sanções, porque achamos que não estão dando resultado. Entendemos que às vezes as sanções podem ser utilizadas em uma situação extrema, como último recurso, mas nesta situação, as sanções não ajudam a ninguém. Não ajudam à Europa, não ajudam à Rússia, não ajudam à Ucrânia. A crise segue aí", sustentou. "Encorajamos Estados Unidos, Europa, Rússia e Ucrânia a encontrar uma solução. E nós queremos ajudar a achar uma solução positiva a este assunto", considerou. Idrissov e Kerry conversaram também sobre a situação do Afeganistão, onde o governo de Astana apoiou às forças de segurança nacional desse país, assim como a proliferação nuclear, o programa nuclear do Irã e a epidemia de ebola na África Ocidental. Na agenda do ministro consta ainda tentar obter o apoio dos Estados Unidos para que o Cazaquistão possa se tornar membro da Organização Mundial do Comércio (OMC). "Este é um ponto muito importante do nosso diálogo bilateral. Os EUA apoiam o acesso do Cazaquistão, mas este assunto é tecnicamente muito complexo. Espero que, o quanto antes, o Cazaquistão ingresse na OMC", acrescentou Idrissov. Kerry, por sua vez, garantiu que o governo do presidente Barcak Obama "está trabalhando duro no acesso do Cazaquistão à OMC". Amanhã, no segundo e último dia da visita a Washington, Idrissov, que há alguns anos foi embaixador de seu país na capital americana, se reunirá com as autoridades do Departamento de Comércio dos EUA para impulsionar a negociação de entrada na OMC. EFE pa/cdr/rsd (foto) (vídeo)

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