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'Triste', capital financeira de Israel convive com sirenes contra os estilhaços de foguetes do Hamas

Tel Aviv não impôs restrição de circulação, mas orienta a população a se planejar ao sair de casa e a achar bunker em caso de foguetes

Internacional|Denise Odorisse, da Record TV, em Tel Aviv (Israel)

Tel Aviv: população estoca comida e água
Tel Aviv: população estoca comida e água

Quatro dias depois da ofensiva terrorista do Hamas que deixou pelo menos mil mortos no sul de Israel, Tel Aviv — capital financeira e cultural de 450 mil habitantes — convive com o barulho das sirenes para alertar a população a se proteger contra estilhaços dos foguetes destruídos pelo Domo de Ferro, a tecnologia de ponta desenvolvida como prevenção aos ataques.

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O alerta, acionado conforme a área da cidade que está sob ataque de foguetes, serve para que as pessoas que estejam embaixo tenham tempo para se proteger dos destroços. No sábado (7), dia da ofensiva terrorista, Tel Aviv ouviu o sinal várias vezes ao longo do dia, mas, desde aquela noite, a reportagem não escutou mais nenhuma sirene.

Houve relatos de sirenes nos arredores da cidade com frequência. No domingo (8), elas foram acionadas perto do Aeroporto Internacional Ben Gurion, no sudeste da cidade. É de lá que vão partir os brasileiros que se inscreveram para deixar o país nos primeiros seis aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). Vale lembrar que a capital política de Israel é Jerusalém.


O governo não impôs nenhuma restrição de circulação de pessoas, mas orienta a população a ter um abrigo antiaéreo para recorrer em caso de ataque. Se for necessário ir ao supermercado ou à farmácia, por exemplo, não há problema, mas a pessoa precisa ter conhecimento de um abrigo subterrâneo por perto.

No sábado (7), Tel Aviv sofreu ataque de foguetes e recorreu aos abrigos antiáreos
No sábado (7), Tel Aviv sofreu ataque de foguetes e recorreu aos abrigos antiáreos

Com o risco de pedaços de artefatos despencarem, a circulação é muito menor que o comum. Em geral, a população não crê que haja terroristas escondidos à espera de vítimas porque Tel Aviv está relativamente distante do epicentro dos ataques no sul — cerca de 80 km da Faixa de Gaza. A principal razão para ficar em casa é o acesso aos abrigos antiaéreos, que são mais seguros.


Ruas de Tel Aviv estão vazias, mas o povo se uniu
Ruas de Tel Aviv estão vazias, mas o povo se uniu

As lojas e os shoppings estão fechados; os supermercados, restaurantes e farmácias funcionam; e os poucos israelenses que estão trabalhando o fazem em esquema de home office. As escolas também estão fechadas e ficam assim até esta quarta-feira (11) pelo menos — as autoridades reavaliam a reabertura dia a dia. Somente os órgãos do governo essenciais fazem o atendimento.

Quanto ao abastecimento de comida e água, Israel não registra graves problemas, embora a reportagem tenha notado que havia algumas prateleiras vazias no supermercado. Duas razões contribuem para isso: o estoque em excesso pela população e a dificuldade de trânsito de mercadorias pelas estradas.

Clima de tristeza e união

Praias de Tel Aviv estão completamente esvaziadas devido aos ataques do Hamas
Praias de Tel Aviv estão completamente esvaziadas devido aos ataques do Hamas

Os funerais e enterros de vítimas já começaram no sul, mas Israel continua no processo de identificar os corpos e localizar desaparecidos — cerca de 130 foram sequestrados e levados pelo Hamas para Gaza. As autoridades pedem às famílias de pessoas sumidas que levem material genético e roupas para testes de DNA.

Tel Aviv enfrenta um clima pesado de tristeza. Não se trata de medo.

Os atentados terroristas do sábado provocaram uma união ainda mais forte da população israelense no centro cultural e financeiro. As pessoas fazem contato umas com as outras o tempo todo; afinal, não é apenas a segurança física que está em jogo. A emocional também.

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