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'Chapo' abusava de meninas de até 13 anos, diz documento do tribunal

Em memorando sobre acusações que não seriam levadas à corte, testemunha diz que traficante pagava até US$ 5 mil para ter meninas à disposição

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Testemunha diz ter presenciado diversos abusos cometidos por "El Chapo"
Testemunha diz ter presenciado diversos abusos cometidos por "El Chapo" Testemunha diz ter presenciado diversos abusos cometidos por "El Chapo"

Um documento da Corte Federal do Brooklyn, em Nova York (EUA), onde o julgamento do traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán entrou em sua fase decisiva com a deliberação do veredicto, diz que o chefão pagava até US$ 5 mil (cerca de R$ 18 mil) para abusar sexualmente de garotas de até 13 anos.

O relato, divulgado no fim de semana, depois que acusação e defesa encerraram suas participações e antes da deliberação dos jurados, foi feito em interrogatório por uma das 14 testemunhas de acusação que são condenados que cooperam com os promotores.

Anos de abuso

A testemunha, um homem que não teve a identidade divulgada, diz que presenciou os abusos em diversas ocasiões durante os sete anos em que trabalhou e conviveu com El Chapo, de 2007 a 2014.

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Ele afirma que Chapo pagava até US$ 5 mil (cerca de R$ 18 mil) pelas garotas mais novas e que muitas vezes ajudou o chefão a drogá-las antes dos abusos. Guzmán as chamava de "vitaminas" porque acreditava que manter relações com elas lhe dava "energia".

De acordo com a testemunha, uma mulher identificada como "Comadre Maria" seria a pessoa que conseguia garotas para Chapo e as mandava para festas no rancho onde eles estavam escondidos.

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Acusações fora do processo

Essas acusações foram retiradas do processo porque não teriam ligação com os crimes pelos quais o chefão está sendo julgado desde 5 de novembro do ano passado, que incluem as atividades do cartel: fabricação, transporte e distribuição de drogas, assassinatos, entre outros.

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"Depoimentos sobre essas atividades sexuais não seriam relevantes para os fatos descritos neste processo (...) Eles não teriam qualquer importância e não seriam demonstrativos de nada a respeito das acusações", escreveram os promotores no documento.

A divulgação desse documento, feita pelo New York Times, atrasou o início da deliberação do veredicto nesta segunda-feira (4). O juiz Brian Cogan, responsável pelo julgamento, precisou chamar dois jurados para conversas particulares.

O objetivo era se certificar de que as decisões deles não seriam afetadas pela divulgação dessa notícia, já que as acusações não estão entre as que fazem parte do processo.

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