Chechenos presos na França não têm vínculo com o jihadismo, dizem autoridades
Internacional|Do R7
Paris, 20 jan (EFE).- Os cinco chechenos presos com armas e explosivos nas cidades de Béziers e Montpellier, no sul da França, não têm vínculo com movimentos jihadistas, e as autoridades também descartaram nesta terça-feira que o grupo planejasse um atentado terrorista no país. O promotor de Béziers, Yvon Calvet, afirmou em entrevista coletiva que o caso está "fora de todo o contexto religioso radical", com o objetivo de minimizar as dúvidas levantadas em um momento em que a França segue comovida pelos recentes ataques jihadistas. Calvet acrescentou que a promotoria de Paris, única com jurisdição para investigar casos de terrorismo, permitiu que o inquérito seguisse no tribunal de Béziers. Alguns dos chechenos presos ontem à noite têm passagem na polícia, mas por terrorismo. Eles já foram detidos pelas autoridades por envolvimento com o crime organizado. O promotor afirmou que tenta esclarecer porque o grupo carregava os explosivos e quais são as relações entre eles, todos de nacionalidade russa. Na mesma entrevista coletiva, um responsável pela polícia de Béziers afirmou que os explosivos apreendidos eram "extremamente perigos" e que, por enquanto, não há indícios de que os cinco homens estivessem planejando atentados terroristas em território francês. Alguns dos presos, afirmou, também tinham antecedentes por fatos similares em 2008. Os dois representantes manifestaram certo mal-estar pelo vazamento de informações sobre o caso. Algumas notícias divulgadas pela imprensa francesa geraram preocupação nas autoridades. O jornal "Le Midi Livre" revelou que as prisões ocorreram em Béziers e Saint-Jean-de-Védas, na periferia de Montpellier. Já os explosivos foram encotrados perto do estádio de Sauclières, em Béziers. Também hoje, o jornal "Le Progrès" informou que dois supostos membros de uma célula de recrutamento de jihadistas enviados à Síria, detidos em setembro de 2014, estavam preparando um atentado em Lyon. Eles seriam os irmãos Karim e Reda Bekhaled, de Vaulx-en-Velin, nas proximidades de Lyon, em cujas residências os agentes encontraram armas e diversos materiais que, junto com o que foi apurado em escutas telefônicas, os levaram a suspeitar que planejavam um atentado. EFE ac-jaf/lvl