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China envia caças depois da entrada de EUA e Japão em sua zona de defesa aérea

Aviões sul-coreanos, americanos e japoneses já sobrevoaram região sem encontrar resistência

Internacional|Do R7

Imagem de 2011 mostra aeronave da força de defesa marítima japonesa sobrevoando ilhas em litígio
Imagem de 2011 mostra aeronave da força de defesa marítima japonesa sobrevoando ilhas em litígio

A China enviou nesta sexta-feira (29) seus caças para vigiar aeronaves dos Estados Unidos e do Japão que entraram na zona de defesa aérea declarada há uma semana no mar da China Oriental, informou a imprensa oficial.

"Foram enviados vários aviões de combate para verificar a identidade" dos caças japoneses e americanos que entraram na zona de defesa aérea decretada por Pequim no sábado passado, informou a agência oficial Xinhua, citando um porta-voz da Força Aérea, Shen Jinke.

As aeronaves chinesas, incluindo ao mesnos dois caças, identificaram dois aparelhos de observação americanos e dez aviões japoneses, como um F-15.

A designação dessa nova área provocou queixas imediatas do Japão e de outros países como Coreia do Sul, Estados Unidos e Austrália, que consideram que a decisão da China aumenta a tensão na região.


A histórica tensão relacionada com o pequeno arquipélago de Senkaku/Diaoyu aumentou em setembro do ano passado, quando o governo do Japão comprou de seu proprietário japonês três de suas cinco ilhotas, em uma ação que desencadeou violentas manifestações na China e estremeceu ainda mais as relações bilaterais.

Situado no Mar da China Oriental, a 175 km de Taiwan e 150 do arquipélago japonês de Okinawa, o conjunto de ilhotas tem uma superfície de sete quilômetros quadrados e acredita-se que poderia contar com importantes recursos marinhos e energéticos.


Aviões da guarda costeira japonesa sobrevoaram na quinta-feira (28), sem encontrar oposição, a "zona aérea de identificação" decretada pela China sobre o Mar da China Oriental.

"Nós não alteramos nossas operações normais de patrulha na região e não informamos [a China] sobre nossos planos de voo. Nós não encontramos nenhum caça chinês", disse o porta-voz da guarda costeira, Yasutaka Nonaka.


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Anteriormente, a China tinha afirmado que qualquer aeronave que entrasse na "zona de identificação" deveria apresentar o plano de voo detalhado, mostrar claramente a nacionalidade e manter as comunicações por rádio para "responder de maneira rápida e apropriada aos pedidos de identificação" das autoridades chinesas, sob risco de intervenção das Forças Armadas.

Dois bombardeiros B-52 americanos sobrevoaram a zona de identificação no início da semana, assim como um avião militar sul-coreano, sem que as autoridades chinesas fossem informadas.

Depois de informar que um de seus aviões sobrevoou a área de defesa decretada pela China, o governo da Coreia do Sul pediu a Pequim que revise a decisão.

De acordo com o exército sul-coreano, um de seus aviões atravessou na terça-feira a zona aérea de identificação.

O vice-ministro sul-coreano da Defesa, Baek Seung-Joo, afirmou "lamentar profundamente" a criação unilateral desta zona.

O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, e o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, consideraram a decisão da China de ampliar sua zona de defesa aérea como "extremamente perigosa", informou ontem a agência Kyodo.

"Estamos de acordo que a ação unilateral da China pode gerar um incidente inesperado e é extremamente perigosa", detalhou Onodera.

Onodera garantiu que, tanto Tóquio como Washington, consideram que a decisão de Pequim viola a legislação internacional.

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