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Com republicanos no controle, reformas de saúde e de migração podem mudar

Internacional|Do R7

Washington, 6 nov (EFE).- O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, afirmou nesta quinta-feira que o Congresso desconstruirá a reforma de saúde de Barack Obama, e advertiu que se o presidente tomar medidas executivas em imigração, "envenenará o ambiente" no Congresso para a aprovação de uma reforma migratória. Boehner reagiu à promessa feita ontem por Obama de que tomará medidas executivas para melhorar o sistema de imigração do país antes do fim do ano, diante da falta de ação do Congresso. "Se ele atuar unilateralmente, por sua conta, fora de sua autoridade, envenenará o ambiente e não haverá nenhuma possibilidade de a reforma migratória avançar com este Congresso. É simples assim", disse Boehner em sua entrevista coletiva semanal. Boehne ainda afirmou que agora que os republicanos controlam as duas casas, trabalharão para desfazer a reforma da saúde aprovada no ano passado. "O Obamacare está prejudicando nossa economia, está prejudicando os trabalhadores de classe média e está atrapalhando a capacidade de criar mais empregos", afirmou o líder republicano na Câmara. Desde a aprovação da reforma, os republicanos votaram dezenas de vezes na Câmara dos Representantes para revogá-la, mas o presidente foi enfático ao afirmar que não permitirá que desmantelem o que considera a maior conquista de sua presidência. Boehner reconheceu que é improvável que uma revogação total da lei ultrapasse o poder de veto de Obama, mas garantiu que seu partido buscará fazer "reformas de bom senso" em partes do Obamacare. Entre essas reformas, citou a revogação de um imposto para os dispositivos médicos e a eliminação do chamado "mandato individual", a peça central da reforma, que obriga os americanos a contratarem planos de saúde. Em relação à reforma migratória, o líder republicano criticou a fala do presidente, considerada uma ameaça. "Quando brinca com fogo, corre o risco de se queimar, e ele (Obama) vai se queimar se seguir por este caminho", rebateu. "As pessoas votaram (nas eleições legislativas de terça-feira) e não querem que o presidente atue unilateralmente sobre isto", continuou. O presidente receberá amanhã na Casa Branca tanto Boehner como Mitch McConnell, o futuro presidente do Senado, junto com líderes democratas na Câmara dos Representantes e no Senado para conversar sobre a agenda legislativa no atual Congresso e que tomará posse a partir de janeiro. Obama justificou em junho sua decisão de atuar por conta própria em imigração argumentando que Boehner tinha comunicado que não permitiria a votação da reforma migratória este ano na Câmara dos Representantes, apesar de o Senado já ter votado sua versão do texto em meados de 2013. As opções que Obama poderia tomar vão desde estender o alcance do programa de Ação Diferida (DACA), que protege jovens imigrantes ilegais da deportação, até ampliar o número de cartões de residência ("green cards") concedidos por ano no país. EFE llb/cd/rsd

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