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Como vivem os brasileiros no país do maior salário mínimo do mundo

Altos salários, muitas opções de lazer e serviços públicos de qualidade. Brasileiros listam muitos benefícios na vida do outro lado do mundo

Internacional|Beatriz Sanz, do R7

Bruna Caporal vive no país há 6 meses
Bruna Caporal vive no país há 6 meses

Luciana Oliveira, 37 anos, chegou na Austrália há cinco anos com a certeza de que não queria que a sua filha de 1 ano e meio fosse criada em meio às inseguranças do Brasil.

"Quando engravidei mil coisas passaram pela minha cabeça com relação ao futuro da minha filha. Violência, falta de oportunidades…", desabafa. "Então decidi que não ficaria no Brasil. Quando a minha filha tinha 1 ano e meio viemos pra cá. Posso dizer que foi para dar uma qualidade de vida melhor pra ela."

Atualmente, a ex-assessora de imprensa de um banco que agora trabalha como contadora do outro lado do mundo acredita que tenha alcançado seu objetivo e não pretende voltar ao Brasil.

Ela é uma das mais de 7 mil pessoas que conseguiu o visto de permanência na Austrália nos últimos 5 anos, segundo números oficiais da Embaixada da Austrália no Brasil.


Os dados mostram que a Austrália tem sido cada vez mais o destino de brasileiros que buscam uma vida melhor. Um dos interesses parece ser o salário mínimo, que é considerado o maior do mundo: R$ 9.600 por mês.

Muitas vantagens


Colocando na ponta do lápis, Luciana garante que conseguiu muitas vantagens com a mudança.

Ela calcula, por exemplo, que se estivesse morando no Brasil precisaria arcar com itens como uma escola particular para a filha, seguro de casa e do carro, além de roupas e brinquedos que ela considera “caríssimos” aqui no Brasil.


Vivendo em Gold Coast, litoral oeste da Austrália, sua filha de 6 anos e meio estuda em uma escola pública. A brasileira paga uma anuidade de cerca de aproximadamente R$ 700,00. Caso o cidadão não consiga arcar com esse valor, ele não precisa pagar.

No país existe um sistema de saúde pública eficiente, segundo a contadora. Ainda assim, ela paga um plano de saúde para a família.

Luciana lista ainda outros benefícios da vida no país dos cangurus: ela tem muitas opções de lazer. A gaúcha consegue viajar sempre com a família. Passeios em parques de natureza selvagem ou ilhas são comuns.

O trabalho de Luciana e seu marido na Austrália permitiram que eles comprassem um barco e um jet ski para passear, itens que "no Brasil são só para os ricos, infelizmente", segundo ela.

Para garantir empregos tão bem remunerados, os serviços, em geral, são mais caros que no Brasil. Em compensação, os produtos são mais baratos.

Mais brasileiros na Austrália

Bruna Caporal está no país há apenas 6 meses, mas sua experiência tem sido positiva. Com seu visto de estudante, ela só tem permissão para trabalhar durante meio expediente.

Mais de 212 mil brasileiros chegaram na Austrália nos últimos 5 anos na mesma situação que Bruna, com vistos temporários.

O número de brasileiros na Austrália tem crescido ano a ano
O número de brasileiros na Austrália tem crescido ano a ano

No Brasil, ela atuava como advogada trabalhista há 10 anos, enquanto na Austrália, atualmente trabalha como garçonete em um restaurante depois de ter trabalhado como babá.

Ela conta que ainda não ganha tanto quanto ganhava no Brasil, mas garante que qualquer emprego fixo na Austrália é melhor remunerado.

Além disso, ela diz que os estrangeiros não são tratados de forma diferente no mercado de trabalho. "Dependendo da formação, tem gente que consegue trabalhar na sua área por aqui", destaca.

Luciana tem um perfil no instagram sobre o país
Luciana tem um perfil no instagram sobre o país

Visto permanente

O personal trainer Leonardo Bidart, 29 anos, que vive no país há 3 anos está fazendo a transição para o visto permanente. Ele também não pretende voltar ao Brasil.

Chegou na Austrália para aprender inglês. Trabalhou quase dois anos na construção civil, o que o ajudou com o idioma.

Atualmente, ele trabalha como instrutor em uma academia, trabalho semelhante ao que exercia no Brasil, mas com um salário muito superior.

Ele elogia serviços públicos como o transporte público, por exemplo. "Tudo funciona... Dá pra ver os horários dos ônibus pelo google maps e em todas as paradas tem uma tabela de horários que o transporte vai passar. Não existem filas aqui".

Existem brasileiros que se encantaram tanto com a vida na Austrália que resolveram fazer perfis nas redes sociais específicos para demonstrar detalhes e particularidades da vida do outro lado do planeta.

É o caso da brasileira Luciana Rodrigues, 41 anos, que comanda o perfil Menina de Ar, que narra suas aventuras em Sidney.

O principal benefício da vida lá, na opinião dela é a segurança. “Eu gosto daqui porque posso andar na rua sem medo de alguém me atacar, me violentar, me roubar. Eu costumo brincar que aqui na Austrália a gente tem que ter medo dos bichos, não das pessoas”.

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