Copa da conciliação? Coreias do Norte e Sul podem ser sede em 2030

Infantino deve visitar o país para debater o tema. Até então, a única candidatura anunciada para 2030 é a de Argentina, Paraguai e Uruguai

26/06/2018 - 16h05 (Atualizado em 20/04/2024 - 14h28)

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, sugeriu à Fifa a hipótese de apresentar uma candidatura conjunta com a Coreia do Norte, o Japão e a China para sediar a Copa do Mundo de 2030.

O assunto foi discutido no último sábado (23), durante a partida entre Coreia do Sul e México pelo Mundial da Rússia, por Moon e o mandatário da Fifa, Gianni Infantino. Segundo a imprensa de Seul, essa hipótese está "se tornando realidade", com o aumento da cooperação entre as Coreias.

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Em breve, Infantino deve visitar o país para debater o tema. Até então, a única candidatura anunciada para 2030 é a de Argentina, Paraguai e Uruguai, país que recebeu a primeira edição do evento, em 1930.

As Coreias do Sul e do Norte iniciaram um processo de reaproximação no começo de 2018 e vêm reduzindo as tensões desde então. Já a China é a principal parceira comercial e política de Pyongyang, enquanto o Japão levanta sentimentos hostis tanto no Sul quanto no Norte.

A guerra da Coreia foi uma das mais sangrentas da história, principalmente por sua duração. Em três anos morreram pelo menos 5 milhões de pessoas. Neste momento, a guerra, que ainda não terminou formalmente, pode enfim ser encerrada com um acordo entre Seul e Pyongyang, que vem sendo negociado pelas autoridades dos dois países, segundo informou o site sul-coreano Munhwa, nesta terça-feira (17)

Como em todas as guerras, foi uma consequência de fatos anteriores que se apresentaram em novo contexto, sob novos pretextos (na foto, encenação de combates da Guerra da Coreia). A causa primeira, sem dúvida, foi o ressentimento acumulado pela China e pela Rússia (depois União Soviética) pelo fato de o Japão ter dominado a península após duas guerras, a Sino-Japonesa (1894-1895)e a Russo-Japonesa (1904-1905)

Desde 1910 o Japão controlava a península coreana, que até então unia o Norte e o Sul. Na Primeira Guerra Mundial a região não se viu tão envolvida. O mesmo não ocorreu, porém, na Segunda Guerra, quando o Japão fez parte do eixo Roberto (Roma, Berlim e Tóquio)

Engana-se, inclusive, quem pensa que a guerra terminou com as catastróficas bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos, sob a presidência do democrata Harry S. Truman (na foto o atual presidente norte-coreano em reunião do Partido Comunista)

Os Estados Unidos, projetando situação similar à de Berlim, ficou com a parte sul. Acontece que três anos depois ocorreu a Guerra Fria

E a Coreia, com isso, entrou em permanente clima de conflito, já que a União Soviética demonstrava ambição de conquistar o Sul e unificar o país sob o regime comunista

A esse intento se uniu a China, que em 1949 passou por uma Revolução Comunista e, agora sob o regime cruel de Mao Tsé-Tung também elevou o nacionalismo a um estado doentio e buscou recuperar o que tinha perdido para o Japão anos antes

Em 1953, o Norte, apoiado por ambos os países, invade a parte sul e se inicia uma guerra, que contou inclusive com tropas da ONU mescladas ao exército americano

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Seul (foto) chegou a ser controlada pelo Norte, mas após a recuperação da capital, as tropas comunistas foram para trás do Paralelo 38, onde a Coreia do Norte se estabeleceu sem, no entanto, assinar um acordo de paz com a Coreia do Sul

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A guerra da Coreia foi uma das mais sangrentas da história, principalmente por sua duração. Em três anos morreram pelo menos 5 milhões de pessoas. Neste momento, a guerra, que ainda não terminou formalmente, pode enfim ser encerrada com um acordo entre Seul e Pyongyang, que vem sendo negociado pelas autoridades dos dois países, segundo informou o site sul-coreano Munhwa, nesta terça-feira (17)