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Esqueleto encontrado em poço de castelo pode ser de personagem de saga medieval

Análise científica identifica pela primeira vez uma pessoa citada em textos históricos

Internacional|Do R7

O destino deste homem em 1197 foi brevemente descrito na Saga de Sverre Divulgação/Åge Hojem, NTNU University Museum

Pesquisadores identificaram novas evidências que ligam um esqueleto descoberto em 1938 no Castelo de Sverresborg, na Noruega, a eventos narrados na antiga “Saga do Rei Sverre Sigurdsson”.

A lenda, com mais de 800 anos, conta sobre um ataque a um castelo na Noruega, onde vários homens foram mortos. Segundo o relato, um dos corpos foi jogado em um poço em 1197, durante um ataque militar, com o objetivo de contaminar a água local.

A história foi relembrada por gerações, mas o corpo nunca havia sido encontrado — até uma restauração do castelo em 1938, quando o poço foi esvaziado e revelou um esqueleto. Porém, os restos não foram estudados na época.

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Somente em 2014, uma nova escavação trouxe o caso à tona. A arqueóloga Anna Petersen, responsável pela operação, inicialmente achava que nada de relevante seria encontrado, já que o poço havia sido usado como depósito de lixo por soldados alemães durante a Segunda Guerra Mundial.


Para sua surpresa, em meio a garrafas de vinho e pedras, a equipe encontrou os ossos do chamado “homem do poço”, recuperando mais de 90% do esqueleto. “Pensamos que os ossos estavam esmagados, mas lá estavam eles, preservados”, contou Petersen.

Por mais de 800 anos o homem do poço foi apenas uma lenda Divulgação/Thomas Andersen/NTNU University Museum

A equipe acredita que o “homem do poço” seja o mesmo mencionado na “Saga de Sverre”, uma história de um antigo rei norueguês. Análises indicam que ele tinha entre 30 e 40 anos, olhos azuis, pele clara e cabelo castanho claro ou loiro, com origem na região sul da Noruega.


“É a primeira vez que identificamos uma pessoa citada em textos históricos”, declarou Michael D. Martin, pesquisador da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU). Ele ressaltou que os avanços nas técnicas de sequenciamento genético estão aumentando a possibilidade de estudar restos humanos de épocas antigas e medievais em toda a Europa.

Segundo Armann Jakobsson, professor de literatura islandesa da Universidade da Islândia, a saga sempre foi vista como uma fonte confiável sobre a Noruega antiga. Porém, no livro, o homem morto no poço não era uma figura importante da história medieval norueguesa.

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