Internacional Estados Unidos ameaçam talibãs com consequências por veto a mulheres nas universidades

Estados Unidos ameaçam talibãs com consequências por veto a mulheres nas universidades

Norte-americanos afirmaram que podem impactar diretamente o grupo que governa atualmente o Afeganistão

Agência EFE

Resumindo a Notícia

  • EUA podem sancionar Talibã por impedir que mulheres frequentem universidades
  • Ned Price considerou 'inaceitável' o veto e advertiu sobre consequências ao Talibã
  • ONU classificou a decisão dos talibãs como 'muito perturbadora'
Mulheres sofrem com as medidas restritivas do Afeganistão

Mulheres sofrem com as medidas restritivas do Afeganistão

Wakil Kohsar/AFP - 5.9.2022

Os Estados Unidos ameaçaram nesta terça-feira (20) impor consequências aos talibãs após a decisão do governo islâmico de barrar as mulheres nas universidades no Afeganistão.

"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes a indefensável decisão do talibã de proibir as mulheres nas universidades", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em entrevista coletiva.

Price considerou "inaceitável" o veto e advertiu que haverá "consequências significativas para os talibãs que os alienará ainda mais da comunidade internacional".

O porta-voz comentou que os EUA e aliados têm "uma série de ferramentas" para "responsabilizar os talibãs", embora tenha evitado "entrar em mais detalhes" por agora.

As mulheres não serão autorizadas a frequentar universidades no Afeganistão, de acordo com uma ordem emitida pelo governo talibã nesta terça-feira, um novo movimento de opressão do regime fundamentalista que já proibia o ensino secundário para meninas há um ano.

Apesar da promessa de mudança, os talibãs repetiram o comportamento do regime anterior, entre 1996 e 2001, quando, com base em uma interpretação rígida do islã e no rigoroso código social conhecido como Pashtunwali, proibiram a frequência feminina nas escolas e confinaram as mulheres ao lar.

A ONU classificou a decisão dos talibãs como "muito perturbadora" e como "outra promessa quebrada" pelas autoridades do Afeganistão.

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