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Estudo confirma eficácia de vacina indiana Covaxin contra a Covid-19

Imunizante, que já teve o uso aprovado pela OMS, protege contra o aparecimento sintomático da doença em adultos

Internacional|Do R7

Vacina indiana tem eficácia na proteção contra a Covid-19, indica estudo
Vacina indiana tem eficácia na proteção contra a Covid-19, indica estudo

A vacina Covaxin, a primeira contra a Covid-19 desenvolvida na Índia, claramente evita o aparecimento da doença, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (11), enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) já a aprovou.

Esta vacina é "altamente eficaz contra a Covid-19 sintomática (...) em adultos", resume o estudo, publicado na revista The Lancet, acrescentando que o imunizante foi "bem tolerado", sem efeitos colaterais graves significativos.

A OMS já havia aprovado essa vacina em caráter de emergência há alguns dias com base nesse estudo, mas ele ainda não havia sido divulgado.

A Covaxin, produzida pelo grupo Bharat Biotech, junta-se, assim, às vacinas anti-Covid da Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johnson, Sinopharm e Sinovac na lista da OMS.


O estudo, com a participação de 25 mil pessoas, que receberam a vacina ou um placebo, mostrou que havia cerca de três quartos a menos de casos de Covid-19 entre os vacinados. A eficácia é inferior à observada inicialmente nas vacinas de RNA mensageiro da Pfizer e da Moderna, porém ainda é considerada alta.

Estudo limitado

O imunizante é especialmente interessante para países pobres e em desenvolvimento, pois requer menos capacidade logística do que as vacinas de RNA mensageiro, que precisam ser armazenadas em temperaturas muito baixas.


A chegada da Covaxin pode "melhorar o fornecimento inadequado de vacinas, que afeta desproporcionalmente os países de baixa e média renda", indicam os pesquisadores chineses Jing-Xin Li e Feng-Cai Zhu, que não participaram do estudo.

No entanto, eles apontam para algumas limitações: os testes foram conduzidos apenas na Índia, "o que torna a coorte do estudo menos etnicamente diversa e limita a possibilidade de generalizar esses resultados para outras populações".

Além disso, o estudo foi realizado entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, antes da expansão da variante Delta, mais contagiosa e potencialmente mais resistente à vacinação.

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