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EUA atacam alvos do Estado Islâmico na Síria após queda de Assad, diz Biden

Funcionário do governo disse que os EUA atingiram 75 alvos na Síria neste domingo, usando 140 munições de aviões de guerra

Internacional|Do Estadão Conteúdo

'ISIS tentará tirar vantagem', disse Biden Oliver Contreras/Casa Branca - 26.11.2024

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que tropas dos EUA lançaram ataques aéreos contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS, em inglês) dentro da Síria neste domingo (8), poucas horas após a queda do regime de Bashar al-Assad. “Hoje mesmo, as forças dos EUA conduziram dezenas de ataques de precisão, ataques aéreos dentro da Síria, visando campos do ISIS e membros honorários do ISIS”, disse Biden, referindo-se ao Estado Islâmico. Os EUA mantêm uma força de cerca de 900 soldados no sudeste da Síria para se defender contra os combatentes do Estado Islâmico.

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“Estamos cientes do fato de que o ISIS tentará tirar vantagem do vácuo”, disse. “Não vamos deixar isso acontecer.” Um alto funcionário do governo disse que os EUA atingiram 75 alvos na Síria neste domingo, usando 140 munições de aviões de guerra B-52, F-15 e A-10. Não houve avaliação imediata da operação.

Separadamente, os EUA estão fazendo “tudo o que podem” para garantir que as armas químicas da Síria “não estejam disponíveis para qualquer um”, disse um representante da administração no domingo. “Há uma série de esforços em curso” com alguns parceiros regionais envolvidos, disse a fonte não identificada.

A luta para depor o regime de Bashar al-Assad demorou mais de 13 anos, causando mortes e destruição incalculáveis, porque potências externas transformaram a Síria em um campo de batalha por procuração para as suas próprias ambições. A queda do governo de Assad, no domingo (8) de manhã, ocorreu depois de uma campanha relâmpago que apanhou os seus amigos e inimigos de surpresa. A deposição foi desencadeada pelos próprios sírios, enquanto os principais benfeitores do regime estavam enfraquecidos e distraídos por convulsões em outros lugares.


O resultado desta mudança tectônica terá, certamente, um impacto profundo no Oriente Médio e no equilíbrio de poder global. Muito dependerá de quão ordenada será a transição para uma nova administração liderada pelos rebeldes e até que ponto as facções sírias rivais — incluindo as minorias curda e alauita — serão capazes de evitar novos conflitos.

Já surgiram vencedores e perdedores, embora estes ganhos e perdas possam se revelar ilusórios em um país tão traumatizado e tão mergulhado na violência como a Síria. “Vemos uma enorme mudança na região. A Turquia tornou-se mais forte, a Rússia tornou-se mais fraca, o Irã tornou-se fraco”, disse Badr Jamous, um importante político da oposição anti-Assad. “Mas serão os sírios que desempenharão um grande papel agora, não como antes. Todos terão de ouvir a nossa voz e as nossas decisões.”

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