John Kirby (centro) negou informações publicadas pelo jornal The New York Times
Kevin Dietsch/Getty Images North America/Getty Images via AFP - 2.5.2022O Pentágono assegurou nesta quinta-feira (5) que fornece à Ucrânia apenas informações de inteligência para "defender o país", e não sobre a localização de comandantes russos no campo de batalha.
Dessa forma, o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, reagiu em uma coletiva de imprensa a um artigo do jornal The New York Times que afirma que os serviços de inteligência americanos transmitiram à Ucrânia dados que permitiram localizar e eliminar uma dúzia de generais russos.
A ajuda de inteligência americana permitiu que o Exército ucraniano selecionasse seus alvos no teatro de operações militares em tempo real, segundo o jornal, que citou funcionários de alto escalão dos EUA.
"Os Estados Unidos fornecem informações sobre o campo de batalha para ajudar os ucranianos a defender seu país. Nós não fornecemos informações sobre a localização de líderes militares de alto escalão no campo de batalha ou participamos das decisões sobre o que atacar", declarou Kirby.
Nesse sentido, o porta-voz do Pentágono observou que as Forças Armadas da Ucrânia têm mais informações de inteligência do que as disponíveis para os Estados Unidos. "É o país deles, o território deles, e eles são capazes de coletar inteligência por conta própria", ressaltou.
Questionado se o Departamento de Defesa considera “falsas” as informações publicadas pelo jornal, Kirby evitou responder diretamente e disse que não entraria em detalhes sobre o compartilhamento de dados de inteligência.
De acordo com o jornal, os EUA supostamente ajudaram a Ucrânia a antecipar movimentos de tropas russas e compartilharam detalhes sobre a localização do quartel-general móvel do Exército russo.
Esse último ponto, juntamente com as informações coletadas pelo Exército ucraniano graças à interceptação de comunicações russas, permitiu localizar oficiais de alta patente da Rússia e lançar ataques de artilharia contra suas posições, detalhou o jornal.