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EUA: sob tensão, Geórgia escolhe seus senadores nesta 3ª

Republicanos tentam manter supremacia no Senado, em Estado que teve votação e apuração contestadas por Donald Trump

Internacional|Do R7

Dois meses após a realização da eleição geral dos EUA em novembro, o Estado da Geórgia vai definir, nesta terça-feira (5), quem serão seus dois senadores, em um segundo turno que poderá ser decisivo para o governo do presidente eleito Joe Biden, e que também pode ser afetado pela luta de Donald Trump contra o resultado do pleito presidencial.

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Os atuais senadores, os republicanos David Perdue e Kelly Loeffler, podem garantir o controle do Senado, já que seu partido já tem 50 cadeiras garantidas na casa, caso apenas um deles vença. Os democratas Jon Ossoff e Raphael Warnock, por sua vez, precisam vencer as duas disputas para empatar a contagem.

Se isso acontecer, qualquer votação com 50 a 50 no placar será decidida no voto de desempate, função que caberá à vice-presidente eleita Kamala Harris que também será presidente do Senado. 


Eleição especial

Um segundo turno em eleição norte-americana é uma ocorrência rara e ainda se junta ao fato de ambas as cadeiras estarem em disputa. A vaga de Perdue é a que estaria em jogo normalmente seguindo o calendário eleitoral. Ele foi eleito em 2014 e cumpriu os seis anos regulamentares.

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A cadeira ocupada por Kelly Loeffler está em uma eleição especial porque o senador Johnny Isakson, eleito em 2016, se aposentou em 2019 por motivos de saúde. O governador do Estado, Brian Kemp, apontou Loeffler para ocupar o cargo ao longo de 2020 até a votação desta terça, que definirá quem será o senador pelo restante do mandato, que se encerra em 2022.


Ambos os cargos estão em aberto porque nenhum dos candidatos teve votação acima de 50% na primeira votação, em 3 de novembro. Ao contrário de outros Estados, a Geórgia não teve apenas dois candidatos para cada vaga. Na votação de Perdue e Ossoff, havia um candidato independente na lista e na de Loeffler e Warnock, mais um republicano e um democrata.

Batalha intensa

Além de inusitada, a votação ainda acontece em um clima de desconfiança por conta das ações do presidente Donald Trump para tentar reverter sua derrota no Estado. No fim de semana, foi divulgado o áudio de uma ligação que ele fez para o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, pedindo que ele "achasse" votos que o fizessem vencer Biden.


Para republicanos no Estado, os diversos boatos divulgados por Trump podem ajudar a espantar eleitores do partido nesta terça, por minar a confiança pública na eleição. As pesquisas de intenção de voto indicam um leve favoritismo de Ossoff sobre Perdue (49,3% a 47,9%) e de Warnock sobre Loeffler (49,6% a 47,6%) .

Além disso, assim como ocorreu na eleição presidencial, o voto antecipado terá um peso importante na decisão. No total, 3.032.066 eleitores, mais de 39% do total de pessoas aptas a votar, já depositaram seus votos. Como essa modalidade costuma ser mais escolhida por eleitores democratas, os republicanos correm para incentivar a participação.

Na segunda (4), tanto o presidente eleito, Joe Biden, quanto o presidente Trump estiveram no Estado, num esforço de empurrar mais eleitores para os locais de votação nesta terça-feira. 

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