O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, disse nesta sexta-feira (3) que não confia na Justiça espanhola, mas que irá cooperar com tribunais da Bélgica. Puigdemont foi a Bruxelas após seu governo ser destituído por declarar a independência catalã. A Bélgica terá um máximo de três meses para decidir enviá-lo ou não de volta à Espanha. A Justiça de Madri pediu para a Bélgica prender Puigdemont e quatro associados após eles ignorarem uma ordem judicial para voltarem à Espanha para responderem por acusações de rebelião, sedição, uso irregular de fundos públicos, desobediência e quebra de confiança relacionadas à campanha separatista. A Justiça rejeitou um pedido do ex-líder catalão, que considera concorrer em uma eleição antecipada na Catalunha no mês que vem, para testemunhar da Bélgica via videoconferência. As autoridades belgas receberam o mandado de prisão da Espanha para o líder catalão expulsado Carles Puigdemont e vão examiná-lo antes de entregá-lo a um juiz, disse o promotor federal Eric Van Stite. Na quinta-feira (2), a Suprema Corte determinou que nove membros do gabinete destituído de Puigdemont fossem mantidos em custódia pendendo investigação e possível julgamento. Em protesto às prisões, os grupo civis catalães Asamblea Nacional Catalana e Omnium Cultural —cujos líderes foram presos no mês passado por acusações de insubordinação— convocaram uma greve geral para 8 de novembro e uma manifestação em massa para 11 de novembro. Outros seis líderes catalães devem testemunhar em 9 de novembro pelas mesmas acusações.