Dezenas de milhares de médicos residentes e estagiários iniciaram nesta quarta-feira (26) uma greve de três dias na Coreia do Sul, como forma de protesto contra o aumento das taxas nas faculdades de medicina, uma ação que complica a luta contra o novo coronavírus, em um momento em que o país experimenta um aumento de casos.Leia também: 'Exemplo' na luta contra a covid-19, Coreia do Sul está a beira de 'surto nacional' A medida também causou a interrupção de serviços médicos, como consultas e cirurgias, informa a agência de notícias "Yonhap". Embora não haja números exatos para o movimento, a greve é apoiada pela Associação Médica Coreana (KMA), que tem cerca de 130 mil membros. O Ministério da Saúde e Bem-Estar ordenou aos médicos que apoiam a greve na região da capital que voltem aos seus cargos. O país tem passado por um aumento de novos casos de covid-19 nas últimas semanas, com 229 novos infectados confirmados hoje. O ministério advertiu que aqueles que violarem a ordem podem ter suas certificações revogadas e serem presos por mais de dois anos ou multas de até quase 30 milhões de wons (cerca de R$ 141 mil). O governo afirmou que a reforma para aumentar o número de alunos nas faculdades de medicina (que incluía o aumento nas matrículas) foi congelada até que a pandemia termine e está em negociações com a KMA. No entanto, apesar das negociações, o órgão que representa os médicos residentes e estagiários disse que continuará com a greve até que o governo cancele totalmente seus planos. Os dias de paralisação aleatória acontecem desde o início de agosto, com alguns médicos em greve por tempo indeterminado desde a semana passada. No entanto, a greve desta quarta é a maior convocada desde que o número de pacientes com covid-19 começou a aumentar, a partir do último dia 14.