Hollande garante que não tentará reeleição se não reduzir o desemprego

Paris, 6 nov (EFE).- O presidente da França, François Hollande, reconheceu nesta quinta-feira ter "cometido erros", em particular quando antecipou uma queda do desemprego em 2013 que não aconteceu, e garantiu que, se não reduzi-lo até o final de seu mandato, não se apresentará à reeleição. "Posso ter cometido erros", disse Hollande em uma entrevista à rede de televisão "TF1" na qual fez um balanço da primeira metade de seu mandato. Um exemplo de erro dado por Hollande foi sua promessa de "inverter a curva do desemprego" até o final de 2013, algo que não se concretizou e que reconheceu ser "uma esperança para muitos". Como já tinha indicado anteriormente, o presidente repetiu que não concorrerá às eleições presidenciais de 2017 se não diminuir o desemprego, que alcançou uma taxa de 10,2% na França. "Depois de cinco anos, seja qual for a decisão, seja qual for o veredicto dos franceses, quero poder olhar-me em um espelho e dizer-me o que fiz em cinco anos", comentou Hollande. O presidente francês reconheceu que o problema é que "não temos suficiente crescimento" e, por essa razão, afirmou que vai buscá-lo "em nível europeu", mas destacou principalmente que "nos dois anos e meio que me restam, vou ir até o fundo nas reformas". Em uma parte do programa de televisão na qual foi interrogado por um desempregada de 60 anos, Hollande anunciou que a partir do próximo ano se iniciará um programa de contratos subvencionados para que pessoas dessa idade possam completar o período de cotação e aposentar-se trabalhando. O presidente francês não quis responder às perguntas sobre sua ex-mulher, Valérie Trierweiler, nem sobre seu suposto romance com a atriz Julie Gayet. "Há um momento em que é preciso respeitar a vida privada, a intimidade", justificou, antes de também se negar a falar do livro-vingança publicado por Trierweiler após o rompimento. EFE ac/rsd (foto)