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Indiana faz colchões para leitos com restos de equipamentos de proteção

Material que seria descartado pelas fábricas é trançado para dar mais conforto para pacientes internados com covid-19

Internacional|João Melo, Do R7*


Os colchões são feitos através de tranças com os equipamentos
Os colchões são feitos através de tranças com os equipamentos

Além das dificuldades causadas pela própria covid-19, a pandemia do novo coronavírus também faz com que alguns locais tenham de pensar em como receber e atender os pacientes. Pensando nisso, uma estilista indiana enxergou uma maneira diferente para poder ajudar alguns hospitais locais.

Lakshmi Menon, de 41 anos, vendo a necessidade de colchões para garantir 50 leitos no estado de Kerala, na Índia, entendeu que uma alternativa seria produzir estes objetos através de restos de plástico de fábricas que produzem Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

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A ideia inicial surgiu em fevereiro do ano passado, quando, durante uma viagem para a cidade de Kochi, viu algumas crianças dormindo na estrada. Algum tempo depois, ela visitou uma amiga, viu alguns retalhos de tecidos e logo pensou trançá-los para produzir os colchões. Um mês depois, a estilista produziu cerca de 20 deles e os entregou para famílias que estavam dormindo nas ruas.

Em julho, já com a pandemia em andamento, Lakshmi foi visitar uma amiga que estava produzindo EPIs, e encontrou uma montanha de plástico com restos destes equipamentos.


“Peguei-os e descobri que eram mais limpos, mais macios e mais livres de poeira do que restos de tecido. Foi o melhor material que eu poderia encontrar”, destacou a estilista.

Além dos leitos de tratamento da covid, a estilista fornece os colchões também para abrigos
Além dos leitos de tratamento da covid, a estilista fornece os colchões também para abrigos

Com estes materiais, começaram a ser produzidos colchões de maneira parecida aos de tecidos, através de tranças. Elas são semelhantes a cordas, e possuem cerca de 2 metros de comprimento. Após a finalização, são produzidos colchões leves, macios, laváveis, e que custam 300 rúpias (mais ou menos R$ 21,5), quase metade do valor de um objeto tradicional.


Lekshmi, então, passou a vender os colchões para para os centros de tratamento de covid-19, e também fornecendo-os a abrigos para desabrigados, com o intuito de que estas pessoas tenham uma boa noite de sono.

Algumas empresas indianas já entraram em contato com a estilista, que também emprega mulheres da vila de Arayankavu, localizada em Kerala, na produção dos objetos usados para dormir.


"O colchão é uma boa forma de comprovar a renda das mulheres do campo de forma sustentável, e sem necessidade de utilizarem nenhum equipamento para isso. Elas só precisam de um pouco de espaço para a produção”, Lekshmi.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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