Kim Jong-un, ao lado de sua filha, anuncia o lançamento de nova arma: um satélite espião
Além do desenvolvimento de mísseis balísticos, ditador norte-coreano também investe em equipamento de espionagem
Internacional|Do R7
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou que o país concluiu a construção de seu primeiro satélite de espionagem militar e autorizou o lançamento do aparelho, informou a imprensa estatal.
Kim deu instruções na terça-feira (18) para "garantir que o primeiro satélite de reconhecimento militar concluído em abril seja lançado na data planejada", informou a agência oficial de notícias KCNA.
Durante uma visita no mesmo dia à Administração de Desenvolvimento Aeroespacial Nacional, Kim pediu aos funcionários que "estabeleçam com firmeza as capacidades de coleta de inteligência por satélite, com a presença de vários satélites de reconhecimento em diferentes órbitas".
As fotografias divulgadas pela imprensa estatal mostram uma visita de Kim à agência espacial com sua filha. Os textos, gráficos e monitores observados pelo dirigente foram borrados em algumas imagens.
O anúncio foi feito uma semana após o regime de Pyongyang reivindicar o lançamento de um novo míssil balístico intercontinental de combustível sólido, o que representa um grande avanço em seu programa armamentista, proibido por sanções internacionais.
Os analistas explicam que a produção de mísseis intercontinentais se sobrepõe, em parte, à tecnologia de lançamento aeroespacial.
O desenvolvimento de satélites de reconhecimento militar foi um dos principais projetos de defesa apresentados por Kim em 2021.
Na terça-feira, ele afirmou que conseguir essa tecnologia era uma "tarefa prioritária que deve ser concluída de forma indispensável", contra o que considera ameaças e agressões dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.
Em dezembro de 2022, a Coreia do Norte anunciou que executou um "importante teste final" para o desenvolvimento do satélite e afirmou que o mesmo estaria concluído em abril.
Na época, analistas sul-coreanos expressaram dúvidas sobre o teste e destacaram a qualidade ruim das imagens em preto e branco divulgadas por Pyongyang que, teoricamente, foram feitas por um satélite.
O isolado país comunista não divulgou uma data para o lançamento do satélite.