Resumindo a Notícia
- G7 e Volodmir Zelenski vão se reunir para discutir situação na Ucrânia
- País sofreu intenso bombardeio russo nesta segunda-feira (10)
- Moscou afirma que foi uma reação ao ataque contra uma ponte na Crimeia
Em junho deste ano, líderes do G7 se reuniram com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski
Benoit Tessier/Reuters - 27.06.2022Os líderes do G7 e o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, discutirão os últimos ataques da Rússia contra a Ucrânia, disse o governo alemão nesta segunda (10). O encontro será por videoconferência e terá início amanhã (11), às 9h, no horário de Brasília.
Zelenski afirmou que conversou com os líderes da Alemanha e da França e os incentivou a "aumentar a pressão" sobre a Rússia.
"Conversamos sobre o fortalecimento de nossa defesa aérea, da necessidade de uma reação europeia e internacional, bem como o aumento da pressão sobre a Federação Russa", escreveu Zelenski no Twitter.
O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, expressou a Zelenski a "solidariedade da Alemanha e dos outros Estados do G7", disse o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, à imprensa.
"A Alemanha fará tudo ao seu alcance para mobilizar ajuda adicional e, em particular, para ajudar a reparar e restaurar a infraestrutura civil danificada, como o fornecimento de eletricidade e aquecimento", disse Hebestreit.
A Rússia lançou bombardeios coordenados contra várias cidades ucranianas nesta segunda-feira, incluindo a capital do país, Kiev. O último ataque contra a capital ucraniana foi no fim de junho.
Trata-se da maior campanha de ataques na Ucrânia em meses, que deixou pelo menos 10 mortos e 60 feridos.
O Exército ucraniano informou que as forças russas dispararam mais de 80 mísseis contra o país em represália a uma explosão que destruiu parcialmente a estratégica ponte da Crimeia.
"Ataques maciços com armas de alta precisão de longo alcance foram realizados contra a infraestrutura de energia, militar e de comunicações da Ucrânia", declarou Putin no início do Conselho de Segurança, segundo imagens transmitidas pela televisão.
A União Europeia considerou os ataques russos contra civis "crimes de guerra", cujos responsáveis "devem prestar contas", de acordo com Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrel.
"Trata-se de uma nova escalada que é absolutamente inaceitável. (...) Esses ataques bárbaros mostram que a Rússia opta por uma tática de bombardeios cegos contra civis", declarou Stano.
O Reino Unido chamou os ataques de "inaceitáveis", e a França, que considerou um "crime de guerra", prometeu aumentar a ajuda militar a Kiev.