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Mentor de ataques na Catalunha foi informante da polícia

Abdelbaki es Satty colaborou com serviços secretos na prisão

Internacional|Da Ansa

Manifestantes vão às ruas pela Catalunha
Manifestantes vão às ruas pela Catalunha

O homem tido como mentor dos atentados na Catalunha em agosto passado, Abdelbaki es Satty, foi informante do CNI (Centro Nacional de Inteligência), órgão de espionagem da Espanha.

Segundo o jornal "La Vanguardia", Satty, ex-imã da mesquita de Ripoll, manteve contato com os serviços secretos depois de dizer que um grupo jihadista o obrigava a se dedicar ao tráfico de drogas. A abordagem teria ocorrido em 2014, quando o suposto terrorista estava preso.

No entanto, o CNI não esclareceu o período da colaboração nem se ela produziu algum resultado. Satty faleceu na explosão da casa em Alcanar que era usada como covil da célula terrorista que matou 15 pessoas nas cidades catalãs de Barcelona e Cambrils em 17 de agosto.

Após os atentados, a polícia prendeu quatro suspeitos: Mohammed Houli Chemlal, jovem de 21 anos ferido na explosão em Alcanar; Driss Oukabir, 28, em cujo nome foi alugado um dos furgões usados pelo grupo; Salah el Karib, 34, gerente de lan house; e Mohamed Aallaa, 27, irmão do terrorista Said Aallaa, um dos cinco agressores mortos em Cambrils.


Todos eles disseram que Satty foi o mentor dos atentados. "É um fato extremamente grave, que seguramente não levará a demissões, denúncias ou prisões no Estado espanhol", disse no Twitter o presidente destituído da Catalunha, Carles Puigdemont.

Em 2015, depois da suposta colaboração entre o ex-imã e o CNI, um juiz espanhol negara a expulsão do jihadista por considerar que ele "não era perigoso" e estava "tentando se integrar" no país. A decisão foi tomada após Satty cumprir pena de quatro anos de prisão por tráfico de drogas.

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