O ataque cometido na quinta-feira passada contra um quartel do Exército do Níger em Chinagoder, perto da fronteira com o Mali, deixou 89 soldados morto. O primeiro relatório oficial das Forças de Segurança e Defesa apontou que o atentado deixou 25 mortos. Com a atualização, o episódio se torna um dos mais mortíferos de terrorismo dos últimos anos. Durante as buscas em um amplo raio ao redor do quartel após o ataque, os corpos dos soldados dados como desaparecidos foram encontrados. Os corpos dos 89 soldados foram transportados para uma instalação militar em Niamey e enterrados no sábado no Pavilhão dos Soldados Mártires. Este novo cemitério militar foi inaugurado para os soldados que morreram no campo de batalha nesta recente "guerra contra o terrorismo", na sequência do ataque ao quartel de Inatès no dia 10 de dezembro, onde morreram 71 soldados. O ataque de Chinagoder, localizado a apenas dez quilômetros da fronteira com o Mali, foi realizado por terroristas que chegaram em grande grupo em motocicletas e veículos leves, que abriram fogo contra o quartel. Segundo fontes militares, 63 terroristas morreram nos combates. As autoridades trabalham com a hipótese de que o ataque seja obra da Al Qaeda no Magrebe Islâmico, que já realizou ofensivas semelhantes. No início de janeiro, o governo do Níger reforçou o estado de emergência atualmente em vigor, incluindo como nova medida a proibição da circulação de moto na região ocidental de Tillabéri, na sequência de um aumento dos ataques jihadistas.