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Número de mortos em atentado no Egito sobe para 305

Pelo menos 27 das vítimas fatais eram crianças

Internacional|Do R7, com agências internacionais*

Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelo ataque
Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelo ataque

O número de mortos pelo ataque com bomba e tiros a uma mesquita no Egito na sexta-feira (24) subiu para 305, de acordo com a agência de notícias egípcia Mena. Segundo a rede CNN, 27 crinças estão entre as vítimas fatais e outras 128 pessoas foram feridas. 

O atentado ocorreu enquanto eram feitas as preces no templo Al-Rawda, em Bil al-Abed, cidade na região do Sinai, no nordeste do país. Entre 25 e 30 homens em quatro veículos 4x4 abriram fogo contra os fiéis. 

Os militares do Egito informaram neste sábado (25) que realizaram ataques aéreos e operações da noite para o dia contra militantes responsabilizados pelo ataque, considerado o mais mortífero da história moderna do Egito. O ocorrido já provocou a condenação de líderes de Washington a Moscou, e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, declarou três dias de luto na nação em choque.

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Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas as forças do país vêm combatendo uma filiada determinada do Daesh (também conhecido como Estado Islâmico) na região, uma das facções sobreviventes do grupo radical desde que este sofreu derrotas militares para forças apoiadas pelos Estados Unidos na Síria e no Iraque.


"A Força Aérea eliminou nas últimas horas uma série de postos avançados usados por elementos terroristas", disse o Exército.

Testemunhas disseram que homens armados explodiram uma bomba ao final das orações de sexta-feira dentro da mesquita Al Rawdah, localizada em Bir al-Abed, a oeste da cidade de El Arish, e depois abriram fogo enquanto os fiéis tentavam fugir, atirando em ambulâncias e ateando fogo em carros para bloquear as ruas.


A mídia estatal mostrou imagens de vítimas ensanguentadas e corpos cobertos por cobertores dentro da mesquita.

Atacar uma mesquita seria uma mudança de tática para os militantes do Sinai, que já agiram contra soldados e mais recentemente vêm buscando disseminar sua insurgência no território continental do Egito visando igrejas e peregrinos cristãos.


As enormes baixas do atentado no Sinai e o fato de terem atacado uma mesquita chocaram os egípcios, que vêm lutando para reconquistar a estabilidade desde a revolta de 2011 que depôs Hosni Mubarak, líder egípcio durante muito tempo, e os anos de protestos que se seguiram.

"Que as almas de todos os que morreram descansem em paz, tanto de muçulmanos quanto de cristãos... estas pessoas não têm religião", disse o desempregado Abdullah à agência Reuters em referência aos agressores. "Dia sim, dia não alguém morre, dia sim, dia não uma igreja é bombardeada... onde está a segurança?"

*Texto de Ana Luísa Vieira, do R7

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