Obama chama grupos como Al Shabab de assassinos e os desvincula do Islã
Internacional|Do R7
Adis-Abeba, 28 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta terça-feira que os grupos terroristas como Boko Haram, Al Shabab e o Estado Islâmico "sejam chamados pelo que são, assassinos", e os desvinculou do Islã, pois "milhões de muçulmanos africanos sabem que Islã significa paz". "O progresso da África também dependerá da segurança e da paz porque uma parte essencial da dignidade humana é estar a salvo e livre de todo o medo, mas os terroristas continuam atacando civis inocentes", disse Obama, que encerrou hoje sua primeira visita oficial à Etiópia, em discurso na União Africana. Obama afirmou que a União Africana "demonstrou liderança" na hora de enfrentar estas ameaças e usou como exemplo as missões que a organização regional lidera em países como Somália e Nigéria, onde são tropas africanas que levam o peso dos combates, com apoio técnico e logísticos de países ocidentais. Na Somália, por exemplo, graças às forças da Missão da União Africana (AMISOM), "Al Shabab controla menos território e o governo somali ficou mais forte", disse, enquanto no lago Chade uma força multinacional liderada pela Nigéria e pelo Chade luta para acabar com "a brutalidade sem sentido do Boko Haram". Por isso, Obama lembrou que os Estados Unidos continuarão apoiando "os países africanos que lutam contra o terror" com treinamento e apoio logístico para contribuir com as forças de paz da União Africana. Segundo o presidente americano, as Nações Unidas realizarão no segundo semestre uma cúpula sobre segurança em que, entre outras questões, fortalecerão a cooperação entre a comunidade internacional e a União Africana. No entanto, a luta contra o terrorismo "nunca triunfará se não conseguirmos solucionar as causas que os terroristas exploram, se não criarmos confiança entre todas as comunidades e não respeitarmos o Estado de direito", disse. O presidente dos Estados Unidos deixará a Etiópia nesta tarde, encerrando uma viagem de quatro dias pelo continente, em que também visitou o Quênia, a terra natal de seu pai, para tratar de assuntos comerciais, de segurança e de direitos humanos. EFE or-xfc/cd (foto)