Há momentos em que a diplomacia não pode se esconder atrás do silêncio e em que a neutralidade se transforma em covardia. O mundo vive um desses momentos. Diante da escalada da violência promovida por regimes teocráticos, do terrorismo que despreza vidas civis e da ameaça cada vez mais concreta à estabilidade regional e global, é preciso ter clareza: Israel está se defendendo — e o está fazendo não apenas por si, mas por todos aqueles que acreditam na democracia, na liberdade e na dignidade humana.Enquanto Israel preserva, com todos os seus desafios, uma democracia vibrante no coração do Oriente Médio — com liberdade de expressão, diversidade religiosa, alta produção científica e uma sociedade plural —, o Irã insiste em representar o exato oposto: uma teocracia repressora, que persegue mulheres, enforca dissidentes, censura o pensamento livre e sustenta milícias armadas que operam sob o ideal declarado de eliminar o Estado judeu.Mais grave ainda: o Irã, embora signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), vem sistematicamente violando seus compromissos internacionais, restringindo inspeções e enriquecendo urânio em níveis próximos aos necessários para produção de armas nucleares, segundo a própria AIEA. Trata-se de uma ameaça real — não apenas para Israel, mas para toda a ordem internacional baseada em regras e valores civilizatórios.O massacre do dia 7 de outubro de 2023, perpetrado pelo Hamas com apoio logístico e ideológico do Irã, não deixou dúvidas sobre o que está em jogo. E, dessa vez, Israel aprendeu com o erro de esperar: sua atual resposta aos tentáculos do regime iraniano é uma medida legítima de defesa, destinada a impedir que horrores como aquele se repitam. Trata-se da proteção de seus cidadãos — e da proteção simbólica de todas as sociedades que acreditam na vida sobre o ódio.Por isso, nós estamos com Israel, como estão França, Reino Unido, Estados Unidos e outras democracias que reconhecem a gravidade do momento. Estamos com Israel porque esse é o lado certo da história — o lado da verdade, da coragem, da razão e da vida.Ignorar essa escolha é trair os valores que tantas vezes declaramos defender. E a história, como sempre, julgará não apenas os atos, mas também os silêncios.Cláudio Lottenberg é presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil)Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp