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Oposição suspende protestos após acordo com militares no Sudão

Jornadas de manifestações e desobediência civil estavam programadas para 13 e 14 de julho e não foram mencionadas em agenda divulgada hoje

Internacional|Da EFE

Oposição suspende protestos marcados para julho
Oposição suspende protestos marcados para julho Oposição suspende protestos marcados para julho

A oposição do Sudão, liderada pelas Forças da Declaração de Liberdade e Mudança, anunciou neste sábado (6) que suspendeu as jornadas de protesto e desobediência civil programadas para 13 e 14 de julho depois de chegar ontem a um acordo com a junta militar que governa o país para o período de transição.

Jaafar Hassan, um dos porta-vozes das Forças da Declaração de Liberdade e Mudança, disse à Agência Efe que publicaram "hoje uma nova agenda em substituição da anterior, que incluía manifestações em frente a instituições públicas e privadas, e passeatas em bairros e cidades, assim como a desobediência civil que estava prevista para 13 e 14 de julho".

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Na nova agenda publicada pela plataforma opositora não há nenhuma menção às jornadas de desobediência civil.

Em seu lugar, no dia 13 será realizada "uma comemoração para os mártires do dia 29 de Ramadã (3 de junho) e os mártires de toda a revolução sudanesa", assinalou Hassan.

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O dia 3 de junho marca um episódio de violência extrema em Cartum, no qual os militares tentaram esvaziar um acampamento de protesto na praça em frente ao quartel-general do exército na capital, o que provocou a morte de mais de 100 pessoas, segundo um sindicato opositor, embora o governo tenha reduzido o número de vítimas para 61.

Depois desse episódio, as negociações entre as partes foram suspensas, assim como tudo que tinha sido estipulado para o período de transição.

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Não obstante, o diálogo foi retomado há três dias por mediação da União Africana (UA) e da Etiópia, e os militares e a oposição chegaram ontem a um acordo para a duração do chamado Conselho Soberano, órgão que tutelará a transição, assim como a composição do mesmo.

O governo será de três anos e três meses e terá caráter rotativo: os militares ficarão no comando pelos primeiros 21 meses, enquanto a aliança opositora dirigirá os 18 restantes.

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O ex-presidente Omar al Bashir governou o Sudão durante 30 anos e foi derrubado por golpe de Estado em 11 de abril. Desde então, a junta militar controla o poder no país.

A oposição exige que o governo de transição seja transferido aos civis e por isso, após o acordo de ontem, clamaram a "vitória da revolução".

Espera-se que as partes cheguem a um acordo final amanhã para o governo de transição e o mesmo seja assinado alguns dias depois.

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