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Pesquisadores brasileiros encontram fóssil de dinossauro misterioso na China; veja imagem

O esqueleto fossilizado foi batizado em homenagem ao paleontólogo brasileiro Diógenes A. Campos

Internacional|Do R7


Uma equipe de cientistas do Brasil e da China desenterrou um esqueleto fossilizado quase completo de um pterossauro desconhecido no condado de Jianchang, na província de Liaoning, nordeste da China.

O estudo, publicado na quarta-feira (12) na revista Nature, foi conduzido por pesquisadores do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados (IVPP) da Academia Chinesa de Ciências, da Universidade de Jilin, da Universidade Regional do Cariri, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições.

O fóssil, datado de aproximadamente 160 milhões de anos, do Período Jurássico Superior, foi batizado de Darwinopterus camposi sp. nov. em homenagem ao paleontólogo brasileiro Diógenes A. Campos, reconhecido por suas contribuições à pesquisa paleontológica entre Brasil e China.


A nova espécie pertence ao grupo dos Wukongopteridae, um importante clado (grupo de organismos que compartilham um ancestral comum) de pterossauros da Biota Yanliao, que habitava o nordeste da China.


O fóssil apresenta também características anatômicas únicas, como uma crista pré-maxilar com margem dorsal reta, sem projeção extensa, superfície lateral lisa e um padrão dentário peculiar: 18 dentes em cada lado da mandíbula superior e 14 em cada lado da inferior.

Além disso, a quarta falange do dedo da asa é mais curta que a primeira.


Segundo Wang Xiaolin, um dos autores do estudo, a descoberta expande o conhecimento sobre a diversidade dos Wukongopteridae e fornece novos insights sobre sua evolução.

Nos últimos anos, a China se consolidou como um dos principais centros de pesquisa sobre pterossauros, graças a diversas descobertas fósseis na província de Liaoning. Os fósseis da Biota Yanliao, por exemplo, são mais antigos que os da Biota Jehol, remontando ao Jurássico Médio e Final.


A parceria entre paleontólogos brasileiros e chineses no estudo da Biota Yanliao começou em 2009, quando nomearam conjuntamente o grupo Wukongopteridae. Desde então, foram identificados três gêneros e cinco espécies. Com a nova descoberta, o número de espécies conhecidas chega a seis.


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