Policial é flagrada beijando prisioneiro enquanto ainda usava uniforme
Britânica acabou presa por vazar informações confidenciais a criminosos com quem se relacionava
Internacional|Do R7

A policial Choni Kenny, de 27 anos, foi flagrada em imagens de segurança beijando um prisioneiro enquanto ainda usava o uniforme da polícia, revelando um caso ilícito com o traficante de drogas Josh Whelan.
A agente forneceu informações sigilosas e 20 celulares para que o prisioneiro continuasse comandando atividades criminosas de dentro da prisão. A relação foi descoberta durante investigações internas da Polícia de Manchester, na Inglaterra, que monitorava o uso de dispositivos eletrônicos e os movimentos da policial.
LEIA MAIS:
Após o fim do relacionamento com Whelan, Kenny iniciou um novo envolvimento com um ex-colega de escola, Rahim Mottley, que estava sendo investigado pela polícia e morava na Espanha.
Kenny, além de manter o contato com Mottley, buscou informações sigilosas nos sistemas policiais para avisá-lo sobre uma operação e prometer revelar quem eram os “dedos-duros” locais, interferindo diretamente em investigações em curso.
A conduta criminosa da policial veio à tona com o vídeo do beijo no presídio de Forest Bank, usado como prova no julgamento. Kenny também foi vista passeando de carro com Whelan e jantando com ele antes de acessar o sistema policial no trabalho.

Durante o julgamento na Corte de Liverpool, Kenny foi condenada a três anos e nove meses de prisão. Josh Whelan recebeu dois anos e oito meses por posse de celulares na prisão, porte de arma branca, agressão racial e outras infrações. Já Rahim Mottley foi sentenciado a dois anos e quatro meses por conspiração.
O juiz Neil Flewitt classificou as ações de Kenny como uma grave traição à polícia, à comunidade, à sua família e a si mesma. Ele considerou que os dois homens se aproveitaram da imaturidade da policial e da sua disposição em fornecer informações que beneficiariam os criminosos e seus parceiros.
Kenny admitiu quatro acusações de má conduta no cargo público e uma de conspiração. As investigações revelaram que ela também financiou os celulares utilizados por Whelan entre 2021 e 2023. O juiz afirmou que, embora ela não tenha agido por vantagem financeira, sua motivação foi emocional e pessoal, o que agravou a gravidade do caso.
A polícia de Manchester destacou que a ação de Kenny representa uma violação grave da confiança pública, com acesso ilegal a dados sensíveis e envolvimento não declarado com criminosos. A policial foi demitida oficialmente em 1º de abril de 2025.