Algumas horas depois que os incêndios em Los Angeles começaram, na última terça-feira, 7, os hidrantes começaram a secar. Desde então, o fogo consumiu milhares de hectares da região e o abastecimento de água ainda continua sendo uma dificuldade.Mas por que os bombeiros da cidade costeira não utilizam a água do oceano, amplamente disponível, para combater as chamas? Embora a ideia pareça prática, os desafios logísticos, técnicos e ambientais não a tornam tão simples assim.Uma das maiores preocupações é a corrosividade da água salgada. Muitos dos equipamentos de combate a incêndios, como tanques, mangueiras e os próprios caminhões, são feitos de materiais que podem ser seriamente danificados pelo sal.A exposição prolongada ao sal pode causar danos significativos nesses componentes e reduzir a vida útil deles, o que aumentaria o custo da operação.Outro problema significativo é o impacto ambiental do uso em larga escala da água salgada. Ao ser despejada em áreas florestais, ela pode prejudicar gravemente a vegetação e o solo, especialmente a recuperação do terreno após o incêndio.O sal presente na água pode causar:Em termos de eficiência, a água doce é preferida pelos bombeiros porque não possui os íons de sal, que reduzem o efeito de resfriamento e podem interferir na extinção das chamas. Além disso, a água salgada é melhor como condutor elétrico, aumentando os riscos em incêndios que envolvem equipamentos elétricos.Em vez de utilizar água do mar, os bombeiros empregam estratégias mais eficazes, como o uso de retardantes de chamas e aviões-tanque ou helicópteros que despejam água doce ou químicos diretamente sobre as áreas afetadas. É o que tem sido feito na Califórnia. Os esforços locais contam com mais de 14 mil profissionais, 1.354 caminhões de bombeiros e 84 aeronaves, segundo as autoridades.