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Presidente do Gabão retorna ao país após tentativa de golpe de Estado

A família Bongo governa esta pequena nação petrolífera do oeste da África há mais de cinco décadas, depois que Ali Bongo sucedeu seu pai em 2009

Internacional|

Bongo irá participar do juramento dos novos ministros
Bongo irá participar do juramento dos novos ministros Bongo irá participar do juramento dos novos ministros

O presidente do Gabão, Ali Bongo, retornou nesta terça-feira (15) ao país após dois meses e meio de ausência por uma doença e depois da tentativa de golpe de Estado frustrada da semana passada, a fim de presidir o juramento dos ministros de seu novo Governo.

O presidente chegou nesta madrugada à capital gabonesa, Libreville, vindo de Rabat, no Marrocos onde estava se recuperava de uma "fadiga severa" pela qual foi hospitalizado em 24 de outubro, segundo informou então a Presidência, apesar de diversos veículos de imprensa terem afirmado depois que o líder teria sofrido um derrame.

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Bongo, de 59 anos, é o encarregado de tomar o juramento hoje no Palácio Presidencial de Libreville do gabinete liderado pelo novo primeiro-ministro gabonês, Julien Nkoghe Bekale, que ele mesmo nomeou desde seu retiro marroquino no fim de semana passado.

Este juramento, ao contrário da posse de Gabinete de janeiro de 2018, será feito a portas fechadas e sem a presença da imprensa, segundo informou o portal de informação local "Gabon Actu".

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O secretário-geral da Presidência, Jean-Yves Teale, anunciou no sábado mudanças na liderança de Governo com a nomeação como primeiro-ministro de Bekale, que ocupou vários postos ministeriais desde 2009, para substituir Emmanuel Issoze Ngondet, que ocupou o cargo durante dois anos.

Depois do juramento, espera-se que Bongo presida o primeiro Conselho de Ministros do ano, com os novos titulares das pastas.

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Trata-se do primeiro ato oficial do presidente no Gabão desde a tentativa de golpe de Estado realizada no último dia 7 por um grupo de militares, vestidos com boinas verdes da Guarda Presidencial, que tomaram a radiotelevisão pública e anunciaram o estabelecimento de um "conselho nacional da restauração" a fim de "salvar do caos" o país africano.

Dez pessoas participaram do levante, frustrado pela intervenção da Gendarmaria e condenado pela comunidade internacional, das quais oito foram detidas e postas à disposição da Promotoria e duas mortas durante uma operação das forças de segurança.

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Pouco se soube de Bongo desde que deixou o país, já que só apareceu em público em 31 de dezembro em uma breve mensagem de Ano Novo televisionada dirigida à nação que, longe de tranquilizar, aumentou as dúvidas sobre sua capacidade para seguir na Chefia do Estado.

A família Bongo governou esta pequena nação petrolífera do oeste da África — com pouco mais de dois milhões de habitantes — durante mais de cinco décadas, depois que Ali Bongo sucedeu seu pai em 2009.

Em 2007, uma investigação anticorrupção liderada pela polícia francesa revelou que a família Bongo mantinha 39 propriedades na França, além de 70 contas bancárias e pelo menos nove carros de luxo, incluídas Ferrari e Mercedes, por um valor total de 1,5 milhões de euros.

Mais de um terço dos gaboneses vivem atualmente com menos de dois dólares por dia, segundo dados do Banco Mundial, e poucos se beneficiam das retribuições do petróleo, que soma 80% das exportações do país.

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