O conselheiro de Segurança Nacional do presidente americano Joe Biden, Jake Sullivan, reuniu-se com o chanceler chinês, Wang Yi, no sábado (16) e no domingo (17), em Malta, em meio a tensões persistentes entre as duas grandes potências. "As duas partes mantiveram conversações francas, substantivas e construtivas", declarou a Casa Branca num comunicado. As reuniões demoraram 12 horas ao longo dos dois dias, segundo um funcionário do governo americano que deseja não ser identificado. O presidente Biden havia apontado um "degelo" da relação entre os dois países, após tumultos causados por um balão chinês que sobrevoou os Estados Unidos, em fevereiro. Durante a troca de impressões com o ministro chinês, Sullivan sublinhou que "os Estados Unidos e a China estão em competição, mas que os Estados Unidos não procuram o conflito ou a confrontação".•Compartilhe esta notícia no WhatsApp• Compartilhe esta notícia no Telegram Na reunião, os representantes conversaram sobre interferências em Taiwan, ilha reconhecida pela China como parte do território. "A questão de Taiwan é a primeira linha vermelha que não deve ser ultrapassada nas relações sino-americanas", disse Pequim. O conselheiro da Casa Branca afirmou concordar com o posicionamento e não apoiar a independência de Taiwan. A comunicação militar entre os dois países, cortada em agosto de 2022 por Pequim devido a uma visita ao território da então presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ainda não deu sinal de volta.VEJA: China acusa Estados Unidos de 'provocação' por grave incidente entre aviões De acordo com o funcionário do governo dos EUA, os países renovaram o diálogo nos últimos meses com uma série de visitas de altos funcionários americanos a Pequim, incluindo o chefe da diplomacia, Antony Blinken. Além da preparação de contratos da mesma natureza, afirmou o funcionário. Da mesma forma que Washignton avalia a presença chinesa no mar do Sul da China como expansionista, Pequim não vê com bons olhos a diplomacia americana muito ativa na Ásia.