Este sábado (15) celebra-se o Dia Internacional do Pangolim. O animal está ameaçado de extinção pela caça e comércio ilegal em larga escala e é o mamífero mais traficado no mundo.O pangolim ainda esteve no meio da polêmica sobre a origem do vírus da Covid-19. No mercado de Huanan, em Wuhan, na China, um dos locais em que se suspeita que a pandemia tenha iniciado, eram negociados pangolins, animais que continham traços de coronavírus. Os pangolins se tornaram uma mercadoria altamente valorizada, capturados ilegalmente, mortos e traficados por redes de crime organizado entre países e continentes.Somente em 2021, 23,5 toneladas de pangolins e suas partes do corpo foram traficadas. Em apenas dez anos, estima-se que um milhão de pangolins foram caçados ilegalmente.Na Ásia, esses animais são comercializados e usados na medicina. Este ano, a China anunciou uma cota anual de uma tonelada métrica (103 kg) de escamas de pangolim para uso medicinal. O valor é inferior a anos anteriores, mas ainda insuficiente para proteger o animal da extinção.Não há evidências científicas que mostrem que as escamas de pangolim tenham benefícios terapêuticos ou para a saúde.Já na África Central e Ocidental, mercados de carne de caça são abastecidos com o animal.Como a dieta dos pangolins consiste em formigas, cupins, grilos, moscas e outras espécies de insetos, esses animais ajudam a prevenir a superpopulação de insetos e a proteger as florestas da destruição por cupins. Estima-se que apenas um pangolim consome cerca de 70 milhões de formigas e cupins por ano.Os pangolins também beneficiam o solo em que eles escavam. Ao cavar buracos no chão, eles contribuem para a rotatividade de matéria orgânica e aeração.Há um impacto econômico ao ser humano também. Acredita-se que os pangolins ajudam a economizar milhões de dólares por ano ao evitar danos causados por pragas.O Dia Mundial do Pangolim é dedicado à conscientização sobre os pangolins e é comemorado no terceiro sábado de fevereiro de cada ano.A data foi celebrada pela primeira vez em 2012.