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Sharif prepara aliança de Governo no Paquistão com partidos menores

Internacional|Do R7

Pau Miranda Islamabad, 12 mai (EFE).- O ex-primeiro-ministro conservador Nawaz Sharif se preparava neste domingo para ocupar pela terceira vez a chefia do Governo pasquistanês, após formar uma nova coalizão parlamentar para a qual, segundo analistas locais, recorrerá a partidos menores. Enquanto a apuração dos votos depositados ontem avança lentamente, adquire cada vez maior dimensão a vitória da formação de Sharif, a Liga Muçulmana do Paquistão-N (PML-N), que triplica em cadeiras com relação a seus principais rivais. As felicitações que Sharif recebeu dos líderes afegão, Hamid Karzai, indiano, Manmohan Singh, e do monarca saudita Abdullah bin Abdul Aziz, segundo a televisão estatal, fazem acreditar em um seguro triunfo de quem foi duas vezes chefe de Governo nos anos 90. Durante a tarde, a mesma rede de televisão já apontava o PML-N com pelo menos 118 cadeiras, enquanto seus mais imediatos adversários, o Paquistão Tehrik e Insaf (PTI) e o Partido Popular do Paquistão (PPP), estavam empatados com 32. O partido de Sharif aponta uma maioria que, sem ser absoluta já que necessitaria de 137 deputados, permitirá governar quase sozinho sem ter que ter o apoio de outros grandes partidos, e a aliança com duas forças regionais aparece como a mais provável. "O mais possível é que Sharif faça pactos com forças que permitam garantir seu poder nos dois Governos regionais que não controlará, o de Khyber Pakhtunkwa (KPK) e o de Sind", disse à Agência Efe o analista Humayun Khan. O Governo da noroeste KPK, com capital em Peshawar, está perto de cair em mãos do PTI, mas uma aliança de Sharif com a formação religiosa Jamiat Ulemá-e-Islã (JUI-F), liderada pelo volúvel "maulana" Fazlur Rehman, pode voltar a balança a seu favor. Por sua vez, a meridional Sind, com capital em Karachi, é o reduto tradicional do PPP, mas uma aproximação do PML-N com Muttahida Quami Movement (MQM), formação com grande peso na capital provincial, lhe daria certo controle da política local. Tanto o JUI-F como o MQM, "parecem muito dispostos a se entender com Sharif", afirmou o analista Khan. Segundo os cálculos do canal privado "Geo", o MQM já tinha 13 cadeiras asseguradas e o JUI-F quatro, com o qual a maioria absoluta de 137 cadeiras de uma coalizão liderada pelo PML-N parece plausível. Segundo o canal "Geo", o 'maulana' Rehman enviou uma efusiva felicitação ao vencedor Sharif e ambos os líderes mantiveram uma conversa para estabelecer uma "estratégia conjunta" que permita formar Governo em KPK. Por sua vez, o líder do PTI, o ex-jogador de críquete Imran Khan, declarou no hospital em que está internado desde que na terça-feira caiu de um palanque, que "a dor da derrota evaporou ao ver o entusiasmo da juventude", segundo o "Geo". Apesar de se mostrar feliz pelo alto índice de participação, que segundo cálculos oficiais passará de 50%, o derrotado Khan denunciou irregularidades em algumas circunscrições. Enquanto isso, o Partido Popular - que governou na última legislatura - mantém possibilidades de ser segunda força, mas com uma enorme distância do PML-N que, além disso põe em risco a aspiração do presidente, Asif Alí Zardari, de renovar seu cargo. A estratégia de Zardari, segundo diversos analistas, passava por ser uma força necessária para formar Governo e que isso permitisse dar seu apoio a Nawaz Sharif em troca de manter a chefia de Estado. O presidente do país será eleito no final de ano por um colégio parlamentar com membros da Assembleia Nacional e os Parlamentos provinciais, mas depois do desastre eleitoral do PPP, Zardari necessita do apoio do PML-N para poder tentar a reeleição. A formação de Zardari, como todas as que fizeram parte do núcleo de Governo na passada legislatura, sofreu um duríssimo revés que a maioria de observadores locais atribuem a sua má gestão e ao marcado aumento da corrupção. EFE pmm/ff (foto)

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