Sobe para 130 o número de mortos no México por ciclones tropicais

México, 24 set (EFE).- As autoridades mexicanas elevaram nesta terça-feira para 130 o número de mortos pelos efeitos dos ciclones "Ingrid" e "Manuel", que castigaram várias áreas do país na semana passada, enquanto continuam os trabalhos para atender os desabrigados. "Manuel" e "Ingrid", dois ciclones que chegaram à categoria de furacão, o primeiro originado no Pacífico e o segundo no Atlântico, afetaram dois terços do país simultaneamente, em uma coincidência de ciclones que não se via desde 1958. O secretário de governo do México, Miguel Ángel Osorio Chong, informou que o número de mortos, que ontem à noite fechou em 123, subiu nas últimas horas para 130. O aumento no número de vítimas foi por causa das pessoas desaparecidas em um desmoronamento que foram encontradas sem vida na comunidade de Pintada. Essa cidade, no estado sulista de Guerrero, viveu a tragédia mais grave de todo o país. As autoridades reportaram pelo menos 68 pessoas desaparecidas ali por causa do desmoronamento de terra e pedras que sepultou um amplo setor da cidade. O presidente Enrique Peña Nieto se reunirá amanhã com ministros e governadores dos estados para avaliar os danos registrados pela passagem dos dois ciclones tropicais. Essa avaliação incluirá os prejuízos registrados em infraestrutura, imóveis e comércio. Só em instalações educativas, as autoridades informaram hoje que 2.150 escolas de todo o país sofreram danos pela passagem dos dois ciclones tropicais, e em 43 mil delas as aulas tiveram que ser suspensas. Segundo dados oficiais, 60 mil pessoas tiveram que ser desalojadas pelos efeitos de "Manuel" e "Ingrid", e delas 40 mil foram encaminhadas para abrigos provisórios. As autoridades declararam medidas de emergência para 312 municípios de 14 dos 32 estados do país, segundo o saldo atual de danos. Enquanto o relatório de avaliação completo dos danos não fica pronto, Osorio disse que continuam as operações para atender a todas as comunidades afetadas com alimentos, água, roupa ou remédios. Peña Nieto, que por causa da tragédia suspendeu a viagem à Nova York para a Assembleia Geral da ONU, visitou hoje comunidades do estado de Guerrero, o mais afetado pelos dois ciclones tropicais. Desde a passagem de "Manuel" e "Ingrid" não houve novos ciclones tropicais no México, embora exista 30% de possibilidade de que uma baixa pressão no Pacífico se transforme em ciclone nos próximos cinco dias, segundo o Serviço Meteorológico. EFE ag/cd (foto)